O mercado físico do boi gordo apresentou poucas mudanças nas cotações da arroba durante a última semana.
O analista de Safras & Mercado Fernando Iglesias afirma que os frigoríficos tentaram realizar compras por preços mais baixos, em meio ao posicionamento confortável das escalas de abate, fechadas para dez dias úteis em média.
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“A situação ainda favorável das pastagens, por outro lado, permite aos pecuaristas cadenciarem o ritmo dos negócios, mantendo os animais por mais tempo no campo, o que evita uma depreciação ainda maior nas cotações”, diz.
Iglesias sinaliza, entretanto, que ao longo do segundo trimestre de 2024 é esperada uma pressão maior de oferta de gado, com a perspectiva de piora nas condições das pastagens.
Preços do boi gordo a prazo
- São Paulo (Capital): R$ 225,00 a arroba (estável)
- Goiás (Goiânia): R$ 215,00 a arroba (inalterado)
- Minas Gerais (Uberaba): R$ 220,00 a arroba (sem mudanças)
- Mato Grosso do Sul (Dourados): R$ 220,00 a arroba (estável)
- Mato Grosso (Cuiabá): R$ 211,00 a arroba (baixa de 0,47% em relação à semana anterior)
Atacado
Iglesias destaca que o mercado atacadista apresentou preços acomodados durante a semana, visto que há pouco espaço para reajustes em um período pautado pelo menor apelo ao consumo.
“É importante ressaltar que a carne de frango permanece mais competitiva quando comparada com outras proteínas concorrentes”, afirma.
O quarto traseiro foi precificado a R$ 18,10 por quilo, recuo de 1,09% frente aos R$ 18,30 por quilo da semana passada. O quarto dianteiro foi cotado em R$ 14,00 por quilo, sem alterações frente à última semana.
Exportações
Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior. As exportações de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada do Brasil renderam US$ 381,502 milhões em março (11 dias úteis), com média diária de US$ 34,682 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 84,673 mil toneladas, com média diária de 7,697 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 4.505,60.
Em relação a março de 2023, houve alta de 33,3% no valor médio diário da exportação, ganho de 42,3% na quantidade média diária exportada e desvalorização de 6,4% no preço médio.