O mercado físico de boi gordo registrou preços de estáveis a mais baixos nesta quinta-feira, 25. Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, os frigoríficos ainda encontram grande dificuldade na composição de suas escalas de abate, ainda posicionadas entre dois e três dias úteis, enquanto em alguns estados foram registradas tentativas de compra abaixo da referência média.
“No geral, a oferta de animais terminados permanece restrita, cenário que pode mudar a partir da segunda quinzena de março, quando deve haver uma maior disponibilidade de animais terminados de pasto no mercado”, assinala Iglesias.
Já a demanda doméstica de carne bovina permanece em uma situação bastante complicada neste primeiro semestre, com o consumidor médio descapitalizado, mantendo a predileção por proteínas mais acessíveis, enfaticamente a carne de frango. “Somado a isso, precisam ser citadas as incertezas em torno das exportações de proteína animal brasileira em 2021, com notícias de uma recomposição acelerada do rebanho de suínos no território chinês”, completa.
Em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi ficou a R$ 304 a arroba, estável. Em Goiânia (GO), a arroba teve preço de R$ 290, inalterado. Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 285, ante R$ 290 na quarta-feira. Em Cuiabá, a arroba ficou indicada em R$ 295, estável. Em Uberaba, Minas Gerais, o valor foi de R$ 303 a arroba.
Atacado
No mercado atacadista, os preços da carne bovina ficaram estáveis. Conforme Iglesias, o ambiente de negócios não indica chances reais de reajustes para cima nos preços mesmo no início do próximo mês, face à descapitalização do consumidor médio neste momento.
Com isso, o corte traseiro seguiu com preço de R$ 19,50 o quilo. O corte dianteiro teve preço de R$ 15,50 o quilo, assim como a ponta de agulha.