A oferta limitada de boiadas segue dificultando a compra por parte dos frigoríficos e, consequentemente, a arroba do boi gordo ganhou firmeza no mercado pela segunda vez nesta semana. De acordo com levantamento realizado pela Scot Consultoria nesta quinta-feira, dia 30, foram registrados aumentos em dez das 32 praças pesquisadas, cenário que reforça o viés de alta nas cotações.
O destaque foi para Mato Grosso do Sul, onde os preços subiram nas três praças. No fechamento da última terça-feira, dia 28, a consultoria também havia registrado alta em outras dez praças.
Além disso, a oferta limitada está provocando o encurtamento nas escalas de abate e já é possível observar frigoríficos com programações atendendo apenas um dia de abate.
Em São Paulo, a arroba do boi gordo fechou em alta, cotada em R$ 146, à vista, livre de Funrural, segundo a Scot. No acumulado dos últimos sete dias, a valorização para arroba é de 1,4%.
No mercado atacadista de carne bovina com osso a baixa oferta de boiadas afetou as cotações. A carcaça de bovinos castrados fechou cotada em R$ 9,43/kg, alta de 0,3% frente ao último levantamento
Boi gordo no mercado físico – arroba à vista
-
-
-
-
- Araçatuba (SP): R$ 146
- Triângulo Mineiro (MG): R$ 141,10
- Goiânia (GO): R$ 134
- Dourados (MS): R$ 139
- Mato Grosso: R$ 128 a R$ 129
- Marabá (PA): R$ 130
- Rio Grande do Sul (oeste): R$ 4,50 (kg)
- Paraná (noroeste): R$ 146
- Sul (TO): R$ 131
- Veja a cotação na sua região
-
-
-
Soja
Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a quinta-feira com preços mais baixos. Depois da alta de ontem e do início positivo, o mercado corrigiu, pressionado pelo cenário fundamental. As exportações semanais não surpreenderam e pouco impactaram nos preços.
A expectativa de uma ampla safra dos Estados Unidos, as dificuldades nas negociações comerciais entre China e Estados Unidos e o alastramento da peste suína no território chinês comprometendo a demanda por farelo – formam um quadro de pressão sobre as cotações.
As exportações líquidas norte-americanas de soja, referentes à temporada 2017/2018, com início em 1º de setembro, ficaram em 110.900 toneladas na semana encerrada em 23 de agosto. O número ficou 27% inferior à semana anterior e 39% abaixo da média das últimas quatro semanas. O maior importador foi a Holanda, com 155,2 mil toneladas.
Para a temporada 2018/2019, foram mais 591.600 toneladas. Somando-se as duas temporadas, analistas projetavam exportações entre 600 mil e 1,35 milhão de toneladas. As informações foram divulgadas pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
Brasil
O mercado brasileiro de soja teve uma quinta-feira de preços pouco alterados. A Bolsa de Chicago teve perdas para a oleaginosa e o dólar subiu compensando, o que não trouxe estímulo a alterações nos valores no país. Nos melhores momentos do dia houve movimentação interessante de negócios, com destaque para Rio Grande do Sul e Paraná.
Segundo a Bradalizze Consulting, o mercado da soja interno esteve mostrando forte alta nos indicativos nesta quinta-feira, chegando a trabalhar com alta de R$ 2,00 por saca frente aos dias anteriores em função do Dólar, que chegou a operar acima dos R$ 4,20 nos melhores momentos do dia, sendo a maior cotação da moeda americana frente ao Real.
Isso trouxe apelo de alta nos indicativos, com momentos em que os portos davam chances de R$ 94 para outubro e nos R$ 95,00 para novembro e no decorrer do dia tivemos a presença do Banco Central atuando e vendendo Swaps e desta forma agindo para não deixar a moeda disparar.
Soja no mercado físico – saca de 60 kg
-
-
-
-
- Passo Fundo (RS): R$ 85
- Cascavel (PR): R$ 85,50
- Rondonópolis (MT): R$ 78,50
- Dourados (MS): R$ 81
- Porto de Paranaguá (PR): R$ 91,50
- Porto de Rio Grande (RS): R$ 92
- Porto de Santos (SP): R$ 91
- Porto de São Francisco do Sul (SC): R$ 90,50
- Confira mais cotações
-
-
-
Soja na Bolsa de Chicago (CBOT) – bushel
-
-
-
-
-
- Setembro/2018: US$ 8,19 (-3,75 cents)
- Novembro/2018: US$ 8,31 (- 4,50 cents)
-
-
-
-
Milho
O mercado brasileiro de milho manteve preços firmes nesta quinta-feira, sustentado pela valorização do dólar. Segundo o analista de Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias, houve poucas mudanças no decorrer do dia. “As negociações apresentaram menor fluidez em um dia de intensa volatilidade cambial. Pela primeira vez no ano a linha dos R$ 4,20/US$ 1 foi superada. A tendência é que o processo de desvalorização persista com a aproximação das eleições, de acordo com as pesquisas de intenção de voto”, comenta.
Em grande parte do país a oferta segue retraída. Em momentos de instabilidade política e econômica é bastante natural a escolha pela retenção.
Chicago
O preço dos contratos para o milho negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fechou com preços mais baixos. O mercado não deu segmento à recuperação esboçada na sessão de quarta-feira e foi pressionado pelas exportações semanais norte-americanas, que foram decepcionantes.
As vendas líquidas norte-americanas de milho para a temporada comercial 2017/2018, que tem início no primeiro dia de setembro, ficaram em 175.400 toneladas na semana encerrada 23 de agosto. O número ficou 1% acima da semana anterior e 46% inferior a média em quatro semanas.
Para a temporada 2018/2019, ficaram em 525.000 toneladas. Somando-se as duas temporadas, analistas projetavam exportações entre 950 mil a 1,5 milhão de toneladas. As informações são do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
Milho no mercado físico – saca de 60 kg
- Rio Grande do Sul: R$ 45
- Paraná: R$ 37,50
- Campinas (SP): R$ 43
- Mato Grosso: R$ 27
- Porto de Santos (SP): R$ 43
- Porto de Paranaguá (PR): R$ 42
- São Francisco do Sul (SC): R$ 42
- Veja o preço do milho em outras regiões
Milho na Bolsa de Chicago (CBOT) – bushel
-
-
- Setembro/2018: US$ 3,41 (-0,25 cent)
- Novembro/2018: US$ 3,56 (+0,25 cent)
-
Café
O mercado brasileiro de café teve uma quinta-feira de preços pouco alterados e uma demanda mais ativa para cafés finos. As perdas do arábica na Bolsa de Nova York foram compensadas pela alta do dólar. De uma forma geral os produtores seguiram o mesmo ritmo de ontem na comercialização, com morosidade.
Nova York
A Bolsa de Mercadorias de Nova York (Ice Futures US) encerrou as operações desta quinta-feira com preços levemente mais baixos para os contratos do café arábica.
A alta do dólar contra o real e outras moedas pressionou o mercado. Além disso, os fundamentos seguem baixistas com as indicações de safra recorde no Brasil e com outras origens também vindo com safras cheias, como Vietnã, Colômbia e Indonésia.
Entretanto, o mercado reduziu as perdas rumo ao fechamento, com cobertura de posições vendidas e ajustes técnicos. Assim, mais uma vez o mercado se manteve acima da importante linha técnica e psicológica de US$ 1,00 a libra-peso.
Londres
Os contratos futuros do café robusta na Bolsa Internacional de Finanças encerrou a quinta-feira com preços mais baixos.
As cotações caíram no dia acompanhando as perdas do arábica na Bolsa de Mercadorias de Nova York (ICE Futures US). O mercado cedeu assim como NY diante dos fundamentos baixistas, com ampla oferta global trazendo tranquilidade para os consumidores.
Além do Brasil estar finalizando a colheita de uma safra recorde, agora no final do ano entram as safras de outras importantes origens, com grandes colheitas esperadas no Vietnã, Colômbia e Indonésia. As informações partem de agências de notícias.
A alta do dólar contra o real no Brasil e contra outras moedas foi fator citado mais uma vez como baixista nas bolsas de futuros.
Café no mercado físico – saca de 60 kg
-
-
-
-
- Arábica/bebida boa – Sul de MG: R$ 425 a R$ 430
- Arábica/bebida boa – Cerrado de MG: R$ 430 a R$ 435
- Arábica/rio tipo 7 – Zona da Mata de MG: R$ 360 a R$ 365
- Conilon/tipo 7 – Vitória (ES): R$ 323 a R$ 325
- Confira mais cotações
-
-
-
Café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) – libra-peso
-
-
-
-
- Setembro/2018: US$ 102,65 (-0,25 cent)
- Dezembro/2018: US$ 106,00 (-0,25 cent)
-
-
-
Café robusta na Bolsa Internacional de Finanças e Futuros de Londres (Liffe) – tonelada
-
-
-
-
-
- Setembro/2018: 1.606 (-US$ 15)
- Novembro/2018: 1.522 (-US$ 24)
-
-
-
-
Dólar e Ibovespa
O dólar comercial fechou a negociação com alta de 0,63%, cotado a R$ 4,143 para a compra e a R$ 4,145 para a venda. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 4,121 e a máxima de R$ 4,216.
O mau humor prevaleceu no mercado interno, o que levou o dólar a renovar máximas intraday. Após chegar à máxima do dia, de R$ 4,216 (+2,35%), o Banco Central anunciou a oferta extra de 30 mil contratos de swap cambial tradicional, o equivalente a US$ 1,5 bilhão. Após a medida, o dólar voltou ao nível abaixo de R$ 4,15.
A operação foi realizada em duas etapas e colocou todo o volume disponível. A disparada da divisa estrangeira, segundo fontes, foi especulativa com o mercado à espera da intervenção da autoridade monetária. “Nenhuma demanda genuína por dólar em R$ 4,20. Foi apenas um efeito de manada”, comenta um diretor de tesouraria de um banco estrangeiro.
Para o diretor da Correparti, Ricardo Gomes, além do movimento especulativo, uma soma de fatores levou a moeda norte-americana aos níveis de hoje. Uma “forte onda” de proteção tomou conta, visto que amanhã é o começo da propaganda eleitoral na TV, com a possibilidade de o ex-presidente Lula aparecer no horário destinado ao PT, no sábado.
“Além de todas as incertezas eleitorais, tem lá fora. Indicadores dos Estados Unidos confirmam uma política monetária mais apertada e uma alta da inflação em curso, o que enfraqueceu as moedas de países emergentes”, diz Gomes.
O gestor de uma corretora estrangeira acrescenta que a alta de juros na Argentina, de 40% para 60%, e que faz o peso mexicano se depreciar em mais de 15% frente ao dólar, “não contamina, mas representa o efeito dominó nas economias emergentes. Os pesos mexicano e chileno caem mais de 1%. A lira turca se desvaloriza em mais de 3%.
O índice Ibovespa de São Paulo, encerrou a quinta-feira com queda de 2,53%, aos 76.404 pontos, com R$ 9.813 milhões de volume negociados. Os papéis preferenciais da Eletrobras, com três subsidiárias leiloadas hoje, puxaram a queda com desvalorização de 5,75%.
Ações chamadas de blue chip acompanharam a tendência, terminando em baixa, como Petrobras (queda de 2,69%), Vale (queda de 1,32%), Itau (-3,85%) e Bradesco (-3,97%).
Previsão do tempo para sexta-feira, dia 31
Sul
Na sexta-feira, a chuva mais intensa segue concentrada no oeste do Rio Grande do Sul. As precipitações também também avançam por todo estado de Santa Catarina e sul do Paraná, com acumulados menos expressivos. No centro-norte paranaense o tempo continua firme, apenas com variação da nebulosidade e sensação de calor.
Nas áreas onde tem previsão de chuva as temperaturas não devem subir ao longo do dia e a sensação de frio aumenta, especialmente no Rio Grande do Sul.
Sudeste
A chuva perde intensidade no Espírito Santo e o risco para transtornos diminui. Nas outras áreas, o destaque são as temperaturas que devem ficar bem elevadas, por causa dos ventos que sopram do quadrante norte. A umidade relativa do ar cai abaixo do ideal no norte paulista e no interior mineiro. Durante a noite, por causa do tempo aberto, as temperaturas diminuem.
Centro-Oeste
A condição de chuva ainda fica concentrada no oeste de Mato Grosso, mas de forma fraca e muito isolada. No resto da região, o ar seco ganha força e as temperaturas devem subir bastante na parte da tarde.
Atenção para os baixos índices de umidade relativa do ar, principalmente no interior de Mato Grosso e de Goiás.
Nordeste
O tempo segue firme em grande parte do Nordeste. A chuva do litoral continua, mas com acumulados menos expressivos do que nos dias anteriores. No interior, o tempo seco continua e as temperaturas elevadas, com baixos valores de umidade relativa do ar.
Norte
Pouca coisa muda no Norte. Ainda chove em forma de pancada entre o Acre e o Pará, incluindo Rondônia, com potencial para trovoadas.
O tempo continua firme e com baixa umidade do ar entre o leste do Pará e Tocantins. Mesmo nas áreas onde chove, as temperaturas ficam elevadas no decorrer do dia.