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Boi gordo: preço da arroba sobe R$ 4 em um mês

Confira as principais notícias sobre dólar, mercado agropecuário e previsão do tempo para começar o dia bem informado

Não há espaço para a cotação do boi gordo cair, indica a Scot Consultoria. O início do mês, época de recebimento dos salários, o feriado no fim da semana e a oferta restrita mantêm os preços da arroba nos atuais patamares.

Em São Paulo, por exemplo, o boi gordo subiu 1,4% nos últimos sete dias e está cotado, em média, a R$ 147 por arroba, à vista, livre do Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural (Funrural). Vale ressaltar que há negócios ocorrendo acima desse valor. Na comparação com o mesmo período do mês passado, a alta é de R$ 4 em Araçatuba (SP).

Nesse mesmo período, o mercado atacadista de carne bovina com osso também teve alta, o que colabora com a firmeza do mercado. O boi casado de animais castrados está cotado, em média, a R$ 9,57 por quilo, alta de 2% em uma semana.

Além dos pontos já mencionados, a exportação é outro fator que tem colaborado com o escoamento da carne bovina, mesmo que em menor volume frente ao mercado doméstico.

No fechamento de agosto, o país embarcou 144,42 mil toneladas, volume recorde. Na comparação com o mesmo período do ano passado, houve alta de 17,3%. Já frente ao mês anterior, o volume exportado foi 10,4% maior.

Boi gordo no mercado físico – arroba à vista

          • Araçatuba (SP): R$ 147
          • Triângulo Mineiro (MG): R$ 143
          • Goiânia (GO): R$ 135
          • Dourados (MS): R$ 140
          • Mato Grosso: R$ 126 a R$ 129
          • Marabá (PA): R$ 131
          • Rio Grande do Sul (oeste): R$ 4,35 (kg)
          • Paraná (noroeste): R$ 146
          • Sul (TO): R$ 132
          • Veja a cotação na sua região

Soja 

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) fecharamcom preços mistos e perto da estabilidade. O cenário fundamental continua sendo um fator de pressão para as cotações, ao combinar expectativa de safra recorde no Brasil e enfraquecimento da demanda. A preocupação com a peste suína na China e a disputa comercial entre o país asiático e os Estados Unidos ainda pesam sobre os preços. As perdas foram limitadas pelo cenário técnico e gráfico, que indicam recuperação, e pelo bom desempenho do petróleo no mercado internacional.

As inspeções de exportação norte-americana de soja chegaram a 769.357 toneladas na semana encerrada no dia 30 de agosto, conforme relatório semanal divulgado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Na semana anterior, as inspeções haviam atingido 907.945 toneladas. No ano passado, em igual período, o total fora de 712.121 toneladas. No acumulado do ano-safra, iniciado em 1 de setembro, as inspeções estão em 56,3 milhões de toneladas, contra 57,8 milhões de toneladas no acumulado do ano-safra anterior.

Brasil 

Os preços subiram nas principais praças do país em dia marcado pela maior movimentação. Destaque para a cotação da safra nova em Paranaguá, que bateu na casa de R$ 88.

A melhora na comercialização foi determinada pela alta do dólar na maior parte do dia. A moeda americana se aproximou de R$ 4,20 na máxima do dia, permaneceu valorizada em quase toda a sessão é diminuiu os ganhos na parte final.

Houve registro de negócios envolvendo aproximadamente 200 mil toneladas no Rio Grande do Sul e 100 mil no Paraná. Volumes de 10 mil toneladas em cada estados foram registrados em Mato Grosso do Sul, Goiás e Minas Gerais. No Mato Grosso, cerca de 20 mil toneladas trocaram de mão.

Soja no mercado físico – saca de 60 kg

          • Passo Fundo (RS): R$ 87
          • Cascavel (PR): R$ 86,50
          • Rondonópolis (MT): R$ 79,50
          • Dourados (MS): R$ 81
          • Porto de Paranaguá (PR): R$ 93,50
          • Porto de Rio Grande (RS): R$ 92
          • Porto de Santos (SP): R$ 91
          • Porto de São Francisco do Sul (SC): R$ 90
          • Confira mais cotações

Soja na Bolsa de Chicago (CBOT) – bushel

            • Setembro/2018: US$ 8,33 (-1 cents)
            • Novembro/2018: US$ 8,43 (+0,75 cents)

Milho

Preços internos firmes. A semana é mais calma na comercialização do milho por conta dos feriados no exterior e no Brasil, segundo o analista de Safras & Mercado Paulo Molinari. Nesta segunda-feira foi feriado nos Estados Unidos e a bolsa de Chicago não operou. Já na sexta-feira teremos o feriado no Brasil.

Chicago

A Bolsa de Chicago para o milho fechou com preços mais altos. O mercado reverteu as perdas registradas mais cedo e fechou no território positivo em meio ao bom desempenho das inspeções de exportação norte-americanas de milho.

De acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, as inspeções de exportação norte-americana de milho chegaram a 1.334.565 toneladas na semana encerrada no dia 30 de agosto. Na semana anterior, haviam atingido 1.264.787 toneladas.

Em igual período do ano passado, o total inspecionado foi de 828.036 toneladas. No acumulado do ano-safra, iniciado em 1o de setembro, as inspeções somam 57,7 milhões de toneladas, contra 56,9 milhões de toneladas no acumulado do ano-safra anterior.

Milho no mercado físico – saca de 60 kg

  • Rio Grande do Sul: R$ 45
  • Paraná: R$ 38
  • Campinas (SP): R$ 43
  • Mato Grosso: R$ 27
  • Porto de Santos (SP): R$ 43
  • Porto de Paranaguá (PR): R$ 42
  • São Francisco do Sul (SC): R$ 42
  • Veja o preço do milho em outras regiões

Milho na Bolsa de Chicago (CBOT) – bushel

      • Setembro/2018: US$ 3,51 (+3,50 cents)
      • Dezembro/2018: US$ 3,79 (+2,50 cents)

Café

O mercado brasileiro de café teve uma terça de preços pouco alterados. O mercado esteve mais ativo no dia, com o comprador mais agressivo para os cafés mais finos, pagando melhor por esses grãos. Entretanto, no geral não houve maiores mudanças nas cotações, com as perdas nas bolsas de futuros compensadas pela alta que o dólar teve a maior parte do dia contra o real.

Nova York

A Bolsa de Nova York para o café arábica encerrou as operações com preços mais baixos. Após o feriado da segunda-feira, Dia do Trabalho nos Estados Unidos, NY voltou às atividades em uma sessão amplamente volátil. As cotações caíram e chegaram a romper a linha de US$ 1,00 a libra-peso para dezembro, com mínima chegando a 98,65 centavos, para depois reagir e o mercado recuperar a faixa de US$ 1,00 a libra-peso, com perdas reduzidas no fechamento.

Segundo o consultor de SAFRAS & Mercado, Gil Barabach, os fundamentos seguem baixistas e fazem o mercado manter-se fraco. O Brasil está terminando a colheita de uma safra recorde e outras origens entrarão com grandes safras também (Vietnã, Colômbia e Indonésia, por exemplo).

Os números de exportações globais vêm confirmando a ampla oferta global. As exportações de café dos países membros da Organização Internacional do Café (OIC) totalizaram 10,111 milhões de sacas de 60 quilos em julho, décimo mês da safra mundial 2017/18 (outubro/setembro), contra 9,663 milhões de sacas registradas no mesmo mês de 2017, alta de 4,6%. Os dados foram divulgados há pouco pela entidade sediada em Londres.

As exportações acumuladas nos dez primeiros meses da temporada (entre outubro e julho) somaram 100,335 milhões de sacas, alta de 0,9% em relação ao mesmo período de 2016/2017, quando foram embarcadas 101,197 milhões de sacas. Conforme a OIC, o Brasil exportou 2,326 milhões de sacas de café em julho, contra 1,873 milhão de sacas no mesmo mês de 2017, alta de 24,2%.

Londres

O conilon fechou com preços mais baixos na Bolsa de Londres. Foi a quarta sessão seguida de perdas para o robusta londrino. A queda do arábica em Nova York, o dólar firme contra o real e outras moedas, os fundamentos e fatores técnicos derrubaram mais uma vez os preços dessa variedade.

Café no mercado físico – saca de 60 kg

          • Arábica/bebida boa – Sul de MG: R$ 425 a R$ 430
          • Arábica/bebida boa – Cerrado de MG: R$ 430 a R$ 435
          • Arábica/rio tipo 7 – Zona da Mata de MG: R$ 360 a R$ 365
          • Conilon/tipo 7 – Vitória (ES): R$ 323 a R$ 325
          • Confira mais cotações

Café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) – libra-peso

          • Setembro/2018: US$ 98,10 (-0,35 cents)
          • Dezembro/2018: US$ 101,80 (-0,35 cents)

Café robusta na Bolsa Internacional de Finanças e Futuros de Londres (Liffe) – tonelada

            • Setembro/2018: 1.566 (-US$ 23)
            • Novembro/2018: 1.489 (-US$ 14)

Dólar e Ibovespa

Depois de chegar próximo ao patamar de R$ 4,20, a cotação da moeda norte-americana fechou o pregão de hoje praticamente estável, com leve alta de 0,03%, cotada a R$ 4,1531 para venda, ainda a segundo maior marca desde 21 de janeiro de 2016, quando fechou em R$ 4,16.

Depois de cair mais de 1% no fim da manhã desta terça-feira, dia 4, e chegar a ensaiar nova alta no começo da tarde, o dólar operou instável, oscilando próximo à estabilidade, diante de um cenário de cautela em meio às notícias eleitorais e o aumento da aversão ao risco no exterior.  

A notícia de que o possível candidato à Presidência da República pelo PT, Fernando Haddad, foi denunciado por corrupção, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro pelo Ministério Público de São Paulo fez a moeda estrangeira cair mais de 1%, ao nível de R$ 4,14.

“Foi um alívio pontual porque uma coisa é ser denunciado, outra é ser condenado, lembrando que o Jair Bolsonaro também já foi denunciado”, disse um operador de derivativos.

O diretor da Correparti, Ricardo Gomes, destaca o ambiente de cautela, que fez o dólar voltar a subir, “com o mercado à espera de importantes pesquisas eleitorais nesta semana”.  Nesta terça, foi divulgada a pesquisa Ibope. Na quinta-feira, será a vez da pesquisa Datafolha.

O Ibovespa, índice da B3, fechou em queda pelo segundo dia consecutivo, registrando baixa de 1,94% com 74.711 pontos.


Previsão do tempo para quarta-feira, dia 5

Sul

O tempo firme retorna em todo o Sul. O dia começa com nevoeiro, especialmente no leste do Paraná, mas que se dissipa no decorrer do dia.

As temperaturas do amanhecer ficam ainda mais baixas e há risco para geada nas áreas das serras gaúcha e catarinense e no sul paranaense. Na parte da tarde as temperaturas ficam um pouco mais elevadas que nos dias anteriores, mas não chega a fazer calor.

O mar continua agitado e com risco para ressaca entre Tramandaí (RS) e Florianópolis (SC), com ondas de até três metros.

Sudeste

A frente fria continua atuando na região e provoca chuva entre o Rio de Janeiro e o Espírito Santo, além da faixa leste de Minas Gerais. No entanto, os volumes não devem ser tão intensos como no dia anterior.

No estado de São Paulo, entre a região de Registro e o litoral norte, ainda garoa no decorrer do dia, intercalados por grandes períodos de melhoria.

No amanhecer tem condições para ocorrência de nevoeiro na faixa leste de São Paulo, inclusive na Capital Paulista, mas que se dissipa ainda pela manhã.

As temperaturas mínimas ficam mais baixas e pode gear na Serra da Mantiqueira. À tarde, por causa da presença do sol, as temperaturas começam subir novamente, mas ainda de forma bastante gradativa e sem condições para calor.

Centro-Oeste

Com tempo firme, a região terá mais um dia com grande amplitude térmica, ou seja, a sensação de frio persiste pela manhã e no período da tarde, as temperaturas disparam trazendo a sensação de calorão entre o Mato Grosso do Sul e Mato Grosso.

Em Goiás, ainda tem tempo seco e calor em todo estado, com baixos índices de umidade relativa do ar nas horas mais quentes do dia.

Nordeste

Ainda tem bastante nebulosidade no interior, mas sem previsão para chover. A chuva ocorre apenas no litoral leste, com destaque para o sul da Bahia, onde os acumulados devem ser mais elevados por causa da frente fria que está na altura do Espírito Santo.

Chove no Maranhão e no noroeste do Piauí, de maneira isolada ao longo do dia, mas com volumes significativos.

Norte

O frio diminui e o sol aparece na metade sul. No Tocantins a nebulosidade até aumenta, e há previsão para chuva apenas no norte deste estado.

É importante lembrar que essa instabilidade se alterna com períodos de tempo firme, mesmo assim, tem risco para trovoadas a qualquer momento.