O mercado físico de boi gordo registrou preços mais altos nesta sexta-feira (17).
Segundo o analista de Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias, o fluxo de negociações no mercado do boi gordo ocorreu de maneira mais lenta do que o habitual, mesmo para uma sexta-feira, em função do feriado de quinta-feira (16).
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Os frigoríficos ainda operam com escalas de abate encurtadas, bem como em um ambiente pautado por restrição de oferta. “As condições delimitadas apontam para a intensificação do movimento de alta no curto prazo”, disse Iglesias.
A atual política monetária que vem sendo adotada pelo Fed, que reajustou a taxa básica de juros em 0,75% na decisão da última quarta-feira, provoca um processo de desvalorização das moedas dos países emergentes, incluindo o real.
“Basicamente as exportações brasileiras serão ainda mais competitivas internacionalmente. Além disso, os frigoríficos exportadores terão uma rentabilidade maior durante o processo de conversão. Ou seja, haverá maior capacidade financeira para pagar mais pela arroba do boi gordo, principalmente no que diz respeito a animais padrão China”, destacou Iglesias.
Com isso, em São Paulo (SP) a referência para a arroba do boi ficou em R$ 316 na modalidade à prazo.
Já em Dourados (MS), o preço foi indicado em R$ 299. Além disso, em Cuiabá (MT) a arroba do boi ficou em R$ 280.
Para Uberaba (MG) preços a R$ 300 e, em Goiânia (GO), a R$ 305 a arroba do boi.
Mercado de boi: atacado
O mercado atacadista voltou a apresentar preços firmes.
A tendência de curto prazo aponta para menor espaço para reajustes. Uma vez que a reposição costuma fluir de maneira mais lenta entre atacado e varejo durante a segunda quinzena do mês.
Além disso, o padrão de consumo permanece direcionado ao amplo consumo de proteínas que causem menor impacto na renda média, justamente o caso do frango e dos ovos.
O quarto dianteiro do boi ainda é precificado a R$ 16,60 por quilo. Já o quarto traseiro permanece precificado a R$ 22,35 por quilo. A ponta de agulha ainda é cotada a R$ 16,50 por quilo.