O mercado físico do boi gordo teve preços estáveis nesta quarta-feira. Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, as negociações ainda ocorrem de maneira lenta. “Normalmente, este período do ano é marcado por um ótimo ritmo de negócios, com a indústria frigorífica se preparando para atender a demanda relacionada ao Dia das Mães. No entanto, neste ano a situação é muito diferente. As políticas de distanciamento social e a deterioração econômica levam a crer que esse será o pior Dia das Mães em muitos anos”, assinalou.
Os frigoríficos que atendem apenas o mercado doméstico seguem optando por manter as escalas de abate encurtadas e operando com capacidade de abates reduzida. A exceção permanece nos embarques destinados à China, que seguem em ótimo nível. Os animais que cumprem os requisitos para exportação ao país asiático ainda são comercializados em patamar muito mais alto em relação ao boi comum.
Em São Paulo, Capital, os preços do mercado à vista ficaram em R$ 193 – R$ R$ 194 a arroba. Em Uberaba, Minas Gerais, os preços permaneceram em R$ 183 por arroba. Em Dourados, no Mato Grosso do Sul, os preços ficaram R$ 174 – R$ 175 a arroba. Em Goiânia, Goiás, o preço indicado foi de R$ 175 a arroba. Já em Cuiabá, no Mato Grosso, o preço ficou em R$ 170 a arroba, inalterado.
Atacado
No mercado atacadista, os preços da carne bovina seguem bem sustentados. Conforme Iglesias, no entanto, a tendência para o curto prazo é de queda, uma vez que o escoamento da carne entre as cadeias permanece lento. O corte traseiro teve preço de R$ 13,50 o quilo. A ponta de agulha ficou em R$ 10,70 o quilo. Já o corte dianteiro seguiu em R$ 11,30 o quilo.