O mercado físico de boi gordo registrou preços predominantemente mais altos nesta segunda-feira (22). Segundo o analista de Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias, algumas negociações acima da referência média foram registradas no primeiro dia da semana.
“Os frigoríficos ainda operam com escalas de abate encurtadas. Contudo, não parecem dispostos a pagar ainda mais pela arroba do boi gordo. A oferta de animais terminados segue restrita e tende a permanecer assim até o final do primeiro trimestre do ano que vem. Esse continuará sendo o grande fator de
sustentação dos preços do boi gordo no curto prazo”, disse o analista.
Em relação à China, mais uma semana se inicia sem um parecer por parte do grande importador de carne bovina brasileira. “O avanço das negociações com a Rússia precisa ser celebrado. Entretanto, o potencial de consumo é muito diferente do chinês”, ponderou Iglesias.
Com isso, em São Paulo, capital, a referência para a arroba do boi ficou em R$ 318 na modalidade à prazo, contra R$ 314 na sexta-feira (19). Em Goiânia (GO), a arroba teve preço de R$ 300, estável. Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 310, inalterada. Em Cuiabá (MT), a arroba ficou indicada em R$ 294, ante R$ 291. Em Uberaba, Minas Gerais, preços a R$ 320 por arroba, contra R$ 316 – R$ 317 por arroba.
Atacado
Os preços da carne seguem subindo no atacado. Os frigoríficos tentam repassar o aumento dos custos com a aquisição da matéria-prima para os preços da carne. “Entretanto, o movimento ainda ocorre de maneira menos agressiva, na comparação com a intensidade dos aumentos no preço da arroba do boi”, disse Iglesias.
Assim, o quarto dianteiro foi precificado a R$ 15,50 por quilo, alta de R$ 1. A ponta de agulha foi precificada a R$ 14,90 por quilo, alta de R$ 0,75. O quarto traseiro seguiu com preço de R$ 22,75.