- Boi: arroba cai novamente em São Paulo, mas futuros seguem firme
- Milho: preços têm mais um dia de alta firme no Brasil
- Soja: Chicago sobe forte após USDA
- Café: arábica volta a cair no Brasil e em Nova York
- No Exterior: inflação ao consumidor nos EUA dispara em abril
- No Brasil: bolsa cai e dólar sobe com pessimismo externo
Agenda:
- Brasil: IBC-Br de março
- Brasil: dados das lavouras do Rio Grande do Sul (Emater)
- EUA: exportações semanais de grãos (USDA)
Boi: arroba cai novamente em São Paulo, mas futuros seguem firme
De acordo com a consultoria Safras & Mercado, a arroba do boi gordo em São Paulo teve mais um dia de desvalorização e passou de R$ 304/305 para R$ 304. O analista Fernando Iglesias diz que a pressão de baixa sobre os preços pode durar até meados de junho, momento em que a oferta de animais da safra tende a chegar no limite.
Por outro lado, o padrão de valorização no mercado futuro em contraposição ao físico segue firme e na B3 as cotações avançaram. O vencimento para maio passou de R$ 307,85 para R$ 309,25, o para junho foi de R$ 312,95 para R$ 313,95, e o para outubro, de R$ 332 para R$ 332,85 por arroba.
Milho: preços têm mais um dia de alta firme
O mercado brasileiro de milho teve mais um dia de alta firme com o cenário de oferta restrita permanente com a proximidade da safrinha. Somou-se a isso o forte avanço do dólar em relação ao real. De acordo com o levantamento diário da consultoria Safras & Mercado, em Cascavel (PR) a saca ficou cotada em R$ 105/109, e em Campinas (SP), disparou para R$ 108/110.
Em Chicago, o mercado reagiu ao relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) com baixa nos preços em virtude de que os estoques de passagem ficaram acima do projetado pelos analistas. O vencimento para julho recuou 1,05% e ficou cotado a US$ 7,146 por bushel.
Soja: Chicago sobe forte após USDA
Os contratos futuros da soja negociados em Chicago tiveram forte alta em dia de divulgação do relatório do USDA. Na máxima do dia, o contrato para julho chegou a encostar em US$ 16,70 por bushel, mas após o documento não apresentar grandes surpresas e até mesmo alguns pontos baixistas, as cotações cederam um pouco. Assim como no caso do milho, os estoques vieram acima do esperado pelo mercado.
No Brasil, além do avanço em Chicago, o dólar reagiu em relação ao real e teve forte alta. Com isso, os preços nas praças brasileiras tiveram valorização. De acordo com o levantamento diário da consultoria Safras & Mercado, em Passo Fundo (RS), a saca subiu de R$ 177 para R$ 179, e no porto de Paranaguá (PR), foi de R$ 180,50 para R$ 183.
Café: arábica volta a cair no Brasil e em Nova York
O indicador do café arábica do Cepea, calculado com base nos preços praticados em Minas Gerais, São Paulo e Paraná, teve um dia de preços mais baixos. A cotação variou -2,17% em relação ao dia anterior e passou de R$ 813,09 para R$ 795,48 por saca. Dessa forma, no acumulado do ano, o indicador teve uma alta de 31,12%. Em 12 meses, os preços alcançaram 36,26% de valorização.
Em Nova York, os preços seguem sentindo a resistência do mercado em ultrapassar o nível de US$ 1,55 por libra-peso. Dessa forma, houve nova correção técnica e o vencimento para julho recuou 2,40% e passou de US$ 1,501 para US$ 1,465 por libra-peso.
No exterior: inflação ao consumidor nos EUA dispara em abril
A inflação ao consumidor nos Estados Unidos disparou em abril e ficou muito acima do projetado pelo mercado. Na comparação mensal, a alta foi de 0,8% contra projeção de 0,2%, e na comparação anual, subiu 4,2%, ante expectativa de 2,6%. A variação acumulada em 12 meses foi a maior desde meados de 2008.
Se o temor com a inflação já havia penalizado as bolsas no início da semana, a confirmação da aceleração do indicador gerou uma onda de baixas e de forte alta dos indicadores de risco. Os três principais índices das bolsas norte-americanas recuaram acima de 2%. As taxas futuras dos títulos do Tesouro dos EUA avançaram, mas não chegaram a testar as máximas marcadas na segunda quinzena de março.
No Brasil: bolsa cai e dólar sobe com pessimismo externo
O índice Ibovespa teve a maior queda desde março nesta quarta-feira, 12, em virtude da apreensão do mercado com a forte alta da inflação ao consumidor nos Estados Unidos. O temor é que o Banco Central norte-americano seja forçado a subir os juros antes de projetado atualmente para conter a inflação. O Ibovespa teve queda de 2,65%, a 119.710 pontos. Enquanto isso, o dólar comercial fechou em alta de 1,58%, cotado a R$ 5,306.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que o volume de serviços recuou 4% em março na comparação mensal. O mês concentrou as principais medidas de restrição à circulação de pessoas com a piora da pandemia no Brasil. Ainda assim, na comparação anual, houve alta de 4,5% no setor. Hoje, o Banco Central divulga o IBC-Br de março, encerrando assim os dados de atividade econômica do primeiro trimestre de 2021.