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Boi se aproxima de novo recorde; veja notícias desta segunda-feira

No mercado dos grãos, tanto a soja quanto o milho registram baixas, com esse último atingindo o menor preço em mais de dois meses

  • Boi: arroba se aproxima de registrar novo recorde
  • Milho: preços caem abaixo de R$ 95 por saca pela primeira vez desde o início de abril
  • Soja: cotação em Paranaguá (PR) volta a ficar abaixo de R$ 170 por saca
  • Café: dólar compensa queda em Nova York
  • No exterior: mercado aguarda decisão do Banco Central dos EUA nesta semana
  • No Brasil: bolsa cai e tem sequência de três semanas positivas interrompida

Agenda:

  • Brasil: boletim Focus (Banco Central)
  • Brasil: balança comercial das duas primeiras semanas de junho
  • Brasil: IBC-Br de abril

Boi: arroba se aproxima de registrar novo recorde

O indicador do boi gordo do Cepea teve um dia de alta dos preços e ficou muito próximo de registrar um novo recorde. Atualmente, a máxima histórica da série é de R$ 320 por arroba. A cotação variou 0,66% em relação ao dia anterior e passou de R$ 317,35 para R$ 319,45 por arroba. Sendo assim, no acumulado do ano, o indicador valorizou 19,58%. Em 12 meses, os preços alcançaram 54,77% de alta.

Por outro lado, na B3, os contratos futuros do boi gordo seguem em tendência de queda em contraposição ao movimento do mercado físico. O vencimento para junho passou de R$ 319,75 para R$ 318,25, o para outubro caiu de R$ 331,40 para R$ 329,15, e o para novembro, de R$ 332,00 para R$ 329,75 por arroba.

Milho: preços caem abaixo de R$ 95 por saca pela primeira vez desde o início de abril

O indicador do milho do Cepea, calculado com base nos preços praticados em Campinas (SP), teve um dia de queda nos preços e ficou abaixo de R$ 95 por saca pela primeira vez desde o dia 6 de abril. A cotação variou -0,35% em relação ao dia anterior e passou de R$ 95,21 para R$ 94,88 por saca. Ainda assim, no acumulado do ano, o indicador teve uma alta de 20,64%.

Os contratos futuros do milho negociados na B3 também recuaram e seguem acompanhando o movimento de queda do mercado físico. O ajuste do vencimento para julho passou de R$ 93,66 para R$ 92,16, do setembro caiu de R$ 96,20 para R$ 94,70 e do março de 2022 subiu de R$ 97,80 para R$ 97,95 por saca.

Soja: cotação em Paranaguá (PR) volta a ficar abaixo de R$ 170 por saca

O indicador da soja do Cepea, calculado com base nos preços praticados no porto de Paranaguá (PR), teve um dia de preços menores e voltou a ficar abaixo de R$ 170 por saca pela primeira vez desde o final de março. A cotação variou -0,71% em relação ao dia anterior e passou de R$ 170,63 para R$ 169,41 por saca.

Em Chicago, o mercado seguiu a tendência de queda observada em praticamente toda a semana e recuou. O vencimento para novembro caiu 1,43% e passou de US$ 14,594 para US$ 14,386 por bushel. O relatório baixista do USDA com previsão de aumento de estoques e as condições climáticas favoráveis pressionam as cotações.

Café: dólar compensa queda em Nova York

De acordo com a consultoria Safras & Mercado, a alta do dólar compensou a queda observada em Nova York e manteve as cotações do café estáveis no mercado brasileiro. No sul de Minas Gerais, o arábica bebida boa com 15% de catação ficou inalterado em R$ 840/845, enquanto que no cerrado mineiro, o bebida dura com 15% de catação ficou em R$ 850/855, estável.

Em Nova York, as cotações do café arábica seguem lutando ao redor do patamar de US$ 1,60 por libra-peso. O vencimento para setembro recuou 0,75% e passou de US$ 1,608 para US$ 1,596 por libra-peso. No mercado norte-americano, a fraqueza do real em relação ao dólar pressiona negativamente as cotações, pois favorece os preços do produto brasileiro no exterior.

No exterior: mercado aguarda decisão do Banco Central dos EUA nesta semana

Os mercados globais devem iniciar a terceira semana de junho em compasso de espera em relação à decisão do Banco Central dos Estados Unidos (Fed) sobre a política monetária. Ainda que os investidores não projetem alta dos juros, eles estarão em busca de sinalizações sobre o programa de compra de ativos do Fed, além das projeções de indicadores macroeconômicos dos diretores.

Apesar dos resultados de inflação ficarem acima do esperado, as taxas futuras de juros do Tesouro norte-americano tiveram recuo expressivo no encerramento da semana. Para o prazo de dez anos, os rendimentos chegaram a 1,457% ao ano, um dos mais baixos desde março. A leitura do mercado foi de que os dados de inflação sugerem movimento transitório.

No Brasil: bolsa cai e tem sequência de três semanas positivas interrompida

Após uma sequência de três semanas com fechamento em alta, a bolsa brasileira acumulou uma ligeira queda de 0,53% na segunda semana de junho. Os compradores perderam força após o Ibovespa se aproximar dos 131 mil pontos e uma correção foi iniciada a partir da realização dos lucros acumulados desde o início do ciclo de altas.

Esta semana a agenda econômica tem dados importantes. Nesta segunda-feira, 14, o Banco Central divulga o IBC-Br de abril e na quarta-feira, a FGV divulga o IGP-10 de junho e o Banco Central comunica a decisão da taxa Selic. O mercado de juros deve observar bastante volatilidade até a decisão, com os investidores ajustando as últimas apostas entre uma alta de 0,75 ponto percentual e uma de 1,0.