A semana foi marcada por um cenário de preços mais acomodados no mercado brasileiro de boi gordo.
De acordo com o analista de Safras & Mercado Fernando Iglesias, houve relatos de aumento de oferta de animais confinados em estados como São Paulo, Goiás, Minas Gerais e Paraná, o que permitiu aos frigoríficos trabalharem com escalas de abate mais confortáveis.
Iglesias relata que houve mudanças nos preços apenas em São Paulo, pois nos demais estados ainda foi possível manter o padrão de negociações sem que tenha havido queda nas cotações.
Para o restante do ano, os fatores de demanda ainda são relevantes para trazer suporte aos preços da arroba.
Preços internos do boi
- Em São Paulo, a referência para a arroba do boi a prazo foi de R$ 240, queda de 2,04% frente aos R$ 245 praticados no fechamento da semana passada.
- Em Dourados (MS), cotaram a arroba a R$ 235 na modalidade a prazo, mantendo a estabilidade em relação à última semana.
- Em Cuiabá (MT), a arroba subiu 1,45% ao longo da semana, de R$ 207 para R$ 210.
- Em Uberaba (MG), cotaram o preço a prazo a R$ 235 por arroba, sem realizar mudanças.
- Em Goiânia (GO), a indicação foi de R$ 230, também sem alterações frente à última semana.
Preços perdem força no mercado atacadista
Iglesias ressalta que a menor reposição entre o atacado e o varejo contribuiu para uma queda nos preços ao longo da semana. No entanto, ele acredita que o auge do consumo no mercado interno, a partir de novembro, será um fator importante para a recuperação dos preços.
- O quarto do traseiro foi precificado a R$ 18,25 por quilo, queda de 1,88% frente aos R$ 18,60 por quilo da semana passada.
- O quarto do dianteiro foi precificado a R$ 14 por quilo, queda 2,10% frente aos R$ 14,30 por quilo praticados no fechamento da última semana.
Exportações
As exportações de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada do Brasil renderam US$ 420,856 milhões em outubro (9 dias úteis), com média diária de US$ 46,761 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 91,285 mil toneladas, com média diária de 10,142 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 4.610,30.
Em relação a outubro de 2022, houve baixa de 19,4% no valor médio diário da exportação, alta de 2,1% na quantidade média diária exportada e desvalorização de 21,1% no preço médio.
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