O mercado físico do boi gordo voltou a apresentar algumas negociações acima das referências médias nesta terça-feira (5).
O ambiente de negócios ainda sugere alguma alta das cotações no curto prazo, em linha com o auge do consumo de carne bovina no mercado doméstico.
Vale mais uma vez mencionar que o regime irregular de chuvas no centro-norte brasileiro remete a uma menor disponibilidade de gado bovino neste final de ano.
“O mais provável é que os animais terminados a pasto estejam aptos ao abate apenas no final do primeiro trimestre de 2024”, diz o analista Fernando Henrique Iglesias, da Consultoria Safras & Mercado.
Arroba do boi:
- Em São Paulo, os animais destinados ao mercado doméstico estão sendo negociados a até R$ 250 por arroba a prazo, e os animais padrão China também foram transacionados a esse nível de preço.
- No triângulo mineiro, a indicação de negócios está em até R$ 250 por arroba a prazo.
- Em Goiás, os preços mantiveram-se firmes ao longo da semana. A indicação de negócios no sudoeste do estado está entre R$ 230/240 por arroba a prazo.
- Já em Mato Grosso, os preços permaneceram firmes durante a terça-feira. Em Araputanga, a indicação de negócios está em R$ 209 por arroba a prazo.
- Em Barra do Garças, a indicação de negócios está entre R$ 207/208 por arroba a prazo.
Atacado acomodado
O mercado atacadista voltou a apresentar acomodação nos preços da carne bovina.
No entanto, segundo Iglesias, o ambiente de negócios ainda sugere alta dos preços no curto prazo, considerando que o 13º salário ainda está em vigor, da mesma maneira que a criação dos postos temporários de emprego e confraternizações de final de ano geram efeito positivo sobre a demanda, especialmente dos cortes de maior valor agregado.
O quarto traseiro ainda é precificado a R$ 19,70 por quilo. O quarto dianteiro segue no patamar de R$ 13,00 por quilo. A Ponta de agulha permanece cotada a R$ 13,10 por quilo.