O mercado físico de boi gordo registrou preços mais baixos na maioria das regiões de produção e comercialização nesta quinta-feira (14).
Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, a pressão de queda nos preços da arroba é generalizada.
Mesmo em Mato Grosso, estado em que as escalas de abate estavam mais apertadas, o cenário de pressão predominou, com muitas tentativas de compra abaixo da referência média.
“Os frigoríficos indicam para o recebimento de animais a termo, o que facilitou a composição das escalas de abate. Mesmo com preços em queda, há relatos de aderência do pecuarista neste momento. Por se tratar de terminação em regime de confinamento é natural que isso ocorra. Ao menos no curto prazo a expectativa é de continuidade do movimento de pressão“, disse Iglesias.
Dessa maneira, em São Paulo (SP), a referência para a arroba do boi caiu em R$6 chegando a R$ 316. Já em Dourados (MS), os preços também foram para R$291.
Ao mesmo tempo, em Cuiabá (MT) a arroba de boi gordo caiu R$8 ficando em R$ 293. Por outro lado, em Uberaba (MG), os preços continuam a R$ 300.
Finalmente, em Goiânia (GO), os preços também permaneceram a R$ 295 a arroba.
Boi: mercado atacadista
Já o mercado atacadista também voltou a operar com preços em queda.
Segundo Iglesias, o ambiente de negócios volta a sugerir pela continuidade deste movimento no curto prazo, em linha com a reposição mais lenta entre atacado e varejo durante a segunda quinzena do mês. O período conta com menor apelo ao consumo de carne bovina.
Além disso, o especialista ainda diz que a demanda na primeira quinzena de agosto terá capacidade para promover uma recuperação dos preços da carne bovina.
Por conta disso, o quarto dianteiro do boi caiu para R$ 17,50, assim como a ponta de agulha caiu a R$ 17,25.
Por fim, o quarto traseiro do boi teve queda e fechou em R$ 22,35 por quilo.