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Boi gordo recua e fecha abaixo de R$ 300; veja notícias desta quinta-feira

Os preços do café, milho e soja também caíram no último pregão; baixas no exterior provocaram as quedas internas

  • Boi: arroba recua no mercado físico e no futuro
  • Milho: Chicago tem forte queda ainda reagindo à relatório do USDA
  • Soja: cotações recuam seguindo exterior e dólar
  • Café: arábica tem desvalorização após baixas seguidas em Nova York
  • No exterior: presidente do FED sustenta bolsas indicando juros baixos por longo período
  • No Brasil: Câmara aprova autonomia do Banco Central

Agenda:

  • Brasil: levantamento sistemático da produção agrícola de janeiro (IBGE)
  • Brasil: levantamento da safra de grãos 2020/21 (Conab)
  • EUA: exportações semanais de grãos (USDA)

Boi: arroba recua no mercado físico e no futuro

Um dia após renovar o recorde histórico, a arroba do boi gordo no indicador do Cepea perdeu força e voltou a ser cotada abaixo de R$ 300. A cotação passou de R$ 302,20 para R$ 299,95, uma queda de 0,74% na passagem do dia. A fraqueza da demanda, tanto interna quanto externa, neste início de fevereiro tem limitado altas mais agressivas para a arroba.

No mercado futuro, os contratos do boi gordo negociados na B3 também recuaram. O vencimento para fevereiro passou de R$ 299,20 para R$ 296,90 por arroba e o para março foi de R$ 294 para R$ 296,90.

Milho: Chicago tem forte queda ainda reagindo à relatório do USDA

O milho negociado em Chicago teve mais um dia de baixa nesta quarta-feira, ainda maior que no dia anterior, com o mercado reagindo ao corte menor que o esperado dos estoques nos EUA pelo Departamento de Agricultura (USDA). A cotação recuou 3,92% e passou de US$ 5,562 para US$ 5,344 por bushel. Também pesou no movimento o cancelamento de uma venda do cereal norte-americano para destinos não revelados.

No Brasil, tanto no mercado físico quanto no futuro, o dia foi marcado por preços mais baixos. O indicador do Cepea recuou de R$ 83,39 para R$ 83,19 por saca. O vencimento para fevereiro caiu de R$ 85,86 para R$ 85,08 por saca.

Soja: cotações recuam seguindo exterior e dólar

As cotações da soja no mercado brasileiro recuaram seguindo a forte baixa da oleaginosa na Bolsa de Chicago e a leve queda do dólar em relação ao real. Ainda assim, o ritmo lento da colheita limita desvalorizações mais agressivas. Em Chicago, o bushel variou de US$ 14,016 para US$ 13,54, caindo 3,4%.

No Brasil, no levantamento diário da consultoria Safras & Mercado, em Passo Fundo (RS), a saca baixou de R$ 163 para R$ 162; no porto de Paranaguá (PR), foi de R$ 169,50 para R$ 164; e em Rio Verde (GO), saiu de R$ 160 para R$ 155.

Café: arábica tem desvalorização após baixas seguidas em Nova York

Os preços do café arábica no mercado brasileiro estavam resistindo à fraqueza observada nas cotações em Nova York, seja por influência do câmbio, seja pela sustentação da pouca oferta. Porém, após a terceira queda consecutiva no exterior, o indicador do Cepea recuou de R$ 665,12 para R$ 659,86 por saca.

Em Nova York, o mercado de café que chegou a se animar em meados de janeiro vem observando estabilidade nos preços há pelo menos um mês. Nesta quarta-feira, novas medidas de restrição à circulação de pessoas na Europa geraram reação negativa e pressionaram as cotações, pois a demanda pode ficar enfraquecida.

No exterior: presidente do FED sustenta bolsas indicando juros baixos por longo período

A divulgação dos comentários feitos pelo presidente do Federal Reserve (FED), o Banco Central norte-americano, Jerome Powell, ao Clube Econômico de Nova York, sustenta as bolsas desde quarta-feira, 10. Ele afirmou que a política monetária no país deve manter os juros baixos por um longo período, destacando que no passado, taxas mais baixas trouxeram benefícios ao mercado de trabalho.

Powell também analisou que os Estados Unidos estão muito distantes do nível ótimo em termos de emprego, mesmo com o recuo da taxa de desemprego de 14,8%, valor mais alto, até 6,3%. Os comentários se alinharam ao do presidente Joe Biden e da secretária do Tesouro, Janet Yellen, pois mostram a necessidade de mais estímulos, até além dos monetários, para recuperação da economia norte-americana.

No Brasil: Câmara aprova autonomia do Banco Central

A Câmara dos Deputados aprovou o texto principal do projeto do Senado (PLP 19/2019) que estabelece autonomia para o Banco Central. A votação contou com 339 votos favoráveis e 114 contrários, muito acima do mínimo necessário.

O projeto confere ao Banco Central o chamado “mandato dual”, situação em que a instituição deverá conduzir a sua atuação buscando atingir dois objetivos: a estabilidade da moeda e do sistema financeiro e o fomento do pleno emprego. Além disso, o presidente e os diretores da instituição passam a ter mandato fixo de 4 anos. Por fim, os membros do Banco Central só poderão ser removidos dos cargos por condenação judicial, mediante decisão transitada em julgado, por improbidade administrativa ou por crimes que acarretem proibição de acesso a cargos públicos.