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Boi: reposição mais lenta entre atacado e varejo faz arroba estabilizar

O consumo na segunda quinzena de agosto está menor, o que diminui os negócios da carne e, consequentemente, a demanda dos frigoríficos

boi gordo
Segundo analista, mesmo com escalas curtas, frigoríficos de menor porte não veem necessidade de atuar agressivamente no mercado do boi gordo. Foto: Seagro-TO

A reposição entre atacado e varejo está mais lenta, o que leva os frigoríficos a comprar de forma mais comedida, segundo o analista da Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias. Com isso, o mercado físico do boi gordo fechou estável nesta quarta, 21.

Os frigoríficos de menor porte ainda se deparam com escalas de abate curtas, mas não veem necessidade de atuar agressivamente no mercado, confirma Iglesias. “Enquanto isso, os de maior porte ainda desfrutam de uma posição mais confortável, avaliando a incidência de contratos a termo e de outras modalidades de parceria. Os pecuaristas seguem concentrados em atender esses contratos e a oferta de animais terminados permanece restrita”, diz.

Em São Paulo, preços a R$ 157 por arroba. Em Uberaba (MG), R$ 151,00. Em Dourados (MS), por sua vez, cotação a R$ 147. Goiânia terminou o dia com a arroba cotada em R$ 145. Em Mato Grosso, preços a R$ 142.

Atacado

Os preços da carne bovina ficaram mistos. Conforme Iglesias, a expectativa do mercado é de manutenção dos preços no curto prazo, avaliando o menor apelo ao consumo ao longo da segunda quinzena do mês, resultando em uma menor reposição entre atacado e varejo. “Por sua vez, a demanda destinada à exportação permanece muito efetiva, avaliando a severidade do surto de PSA [peste suína africana], que segue dizimando o rebanho suinícola chinês”, conta.

O corte traseiro subiu quarenta e cinco centavos, ficando em R$ 11,60 o quilo. O corte dianteiro ficou em R$ 8,60 por quilo, contra R$ 8,65 o quilo ontem. Já a ponta de agulha subiu de R$ 8,10 o quilo para R$ 8,20 por quilo.