O mercado físico do boi gordo encerra a semana apresentando menor fluidez dos negócios. Segundo o analista da consultoria Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias, a tendência de curto prazo ainda remete à alta dos preços, considerando o quadro de restrição de oferta que vigora neste momento de transição entre safra e entressafra.
“Os frigoríficos exportadores ainda atuam de maneira contundente na compra de gado, principalmente aquelas unidades habilitadas a exportar para a China. Animais padrão China ainda carregam um ágio de R$ 20/R$ 30 em relação a animais destinados ao mercado doméstico”, comenta.
Na capital paulista, a referência para a arroba do boi ficou em R$ 323 nesta sexta-feira (24), estável. Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 299, com preço inalterado.
A arroba em Cuiabá (MT) permaneceu em R$ 282. Da mesma forma, os preços em Uberaba (MG) se mantiveram em R$ 310. O mesmo ocorreu em Goiânia (GO), onde a cotação de R$ 305 pela arroba de boi gordo não teve alteração.
Mercado do boi: atacado
O mercado atacadista volta a operar com preços acomodados no decorrer do dia. Segundo Iglesias, o ambiente de negócios sugere por menor espaço para reajustes no decorrer da segunda quinzena do mês, período que conta com menor
apelo ao consumo.
O padrão de consumo delimitado para 2022 ainda aponta para a preferência de proteínas mais acessíveis que a carne de boi, a exemplo da carne de frango e do ovo.
O quilo do quarto dianteiro permanece cotado a R$ 17,20. Já o quilo da ponta de agulha segue precificado a R$ 17. O quarto traseiro se sustenta no patamar de 22,50, por quilo.