O mercado brasileiro de boi gordo terminou setembro com um cenário de melhora nos preços em boa parte das praças de comercialização.
De acordo com o analista de Safras & Mercado, Fernando Iglesias, essa recuperação levou em conta um cenário de oferta mais restrito, o que dificultou a composição de escalas de abate mais alongadas por parte dos frigoríficos.
O mercado costuma ser pautado por uma boa demanda na ponta compradora ao longo do último trimestre do ano. Resta saber como o mercado vai reagir nesse período.
Altas do boi gordo em setembro
- São Paulo, Capital: R$ 230, alta de 17,5% frente aos R$ 200 praticados no fechamento de agosto.
- Dourados (MS): R$ 225 na modalidade a prazo, avanço de 15,38% frente aos R$ 195 praticados no final do mês passado.
- Cuiabá (MT): R$ 196, subiu 3,16% ao longo do mês, de R$ 190 para R$ 196.
- Uberaba (MG): R$ 220, subiu 8,37% ao longo do mês.
- Goiânia (GO): R$ 220, avanço de 15,79% frente aos R$ 190 registrados no final de agosto.
Preços também reagem no mercado atacadista
Iglesias ressalta que o mercado atacadista registrou um bom movimento de recuperação nos preços ao longo de setembro, puxado pelo quadro de oferta mais enxuta no cenário doméstico.
O quarto do traseiro seguiu precificado a R$ 17,60 por quilo, avanço de 13,55% frente aos R$ 15,50 por quilo do final de agosto.
Cotaram o quarto do dianteiro a R$ 14 por quilo, registrando um aumento de 14,75% em relação aos R$ 12,20 por quilo praticados no fechamento do mês passado.
Exportações
As exportações de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada do Brasil renderam US$ 718,946 milhões em setembro (15 dias úteis), com média diária de US$ 47,929 milhões.
A quantidade total exportada pelo país chegou a 158,835 mil toneladas, com média diária de 10,589 mil toneladas.
O preço médio da tonelada ficou em US$ 4.526,40.
Em relação a setembro de 2022, houve queda de 75,4% no valor médio diário da exportação, alta de 9,5% na quantidade média diária exportada e desvalorização de 24,6% no preço médio.