Desde 6 de janeiro, bois e búfalos vacinados contra a febre aftosa só podem entrar no Paraná através de um corredor sanitário. A medida obedece à instrução normativa 37, do Ministério da Agricultura, publicada no ano passado. O objetivo é conquistar o status de livre da doença sem vacinação.
Porém, a decisão diminuiu a oferta de animais terminados no estado, de acordo com o Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná (Sindicarne-PR). “O estado passou a depender apenas da oferta interna e já começa a faltar boi gordo para atender o mercado local e de exportação”, informa, em nota.
Segundo o presidente do Sindicarne-PR, Péricles Salazar, uma saída irregular de animais muito grande também está prejudicando os frigoríficos do estado. “Adquirentes de outros estados colocam na documentação fiscal que se tratam de bezerros para engorda e não de animais terminados. Com isso pagam preços menores e quase não recolhem impostos”, afirma.
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Em nota, o sindicato informa que antes do fim da vacinação, entravam 100 mil animais por ano para engorda ou abate no Paraná. “Essa saída irregular, que gira em torno de 50 mil animais anualmente, está provocando escassez de animais na oferta local, porque agora o estado depende só da sua produção interna”, reforça.
O Sindicarne-PR informou ter entrado em contato com as secretaria de Agricultura e Fazenda do estado, solicitando a criação de uma pauta fiscal. “O estado está perdendo receita de impostos e os frigoríficos estão sendo muito prejudicados. Atualmente há o risco de muitas empresas diminuírem suas atividades ou mesmo deixarem de operar caso essa situação continue”, afirma Salazar.