Até pouco tempo atrás, as fêmeas bovinas eram caracterizadas, de maneira geral, como animais que iam para o abate por estarem sendo descartados e assim tinham um valor de mercado menor que o dos machos. No entanto, como já foi destacado pelo Instituto Mato-Grossense de Economia Aplicada (Imea), tem crescido a participação de animais mais jovens no abate total, e as fêmeas têm participado desse processo de “rejuvenescimento” do abate mato-grossense.
A quantidade de fêmeas abatidas com menos de 24 meses aumentou 379,28% nos últimos 10 anos, saindo de 58 mil animais em 2008 para 278 mil animais em 2017. Essa movimentação no abate teve respaldo nos preços pagos pelas fêmeas gordas, já que como pode ser visto no gráfico ao lado houve uma redução significativa na diferença entre o preço da vaca gorda e o do boi gordo.
Desta forma, nota-se que a escolha por engordar fêmeas está cada vez mais presente para o pecuarista e a remuneração está acompanhando esta escolha.