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Boi, soja e milho em alta; veja notícias importantes desta terça-feira

Milho e soja sobem forte em Chicago com apoio da demanda e preocupações climáticas na América do Sul. Arroba do boi se valoriza em São Paulo

  • Boi: Scot Consultoria registra alta de R$ 3 na arroba em São Paulo
  • Milho: Chicago chega ao maior valor em 17 meses
  • Soja: mercado brasileiro é impulsionado por preços do exterior
  • Café: queda em Nova York é compensada pela alta do dólar
  • No Exterior: bolsas europeias tentam recuperação após apreensão com coronavírus
  • No Brasil: dólar volta a ficar acima de R$ 5,10 com aversão ao risco e cenário político

Agenda:

  • Brasil: IPCA-15 de dezembro (IBGE)
  • Brasil: confiança do consumidor de dezembro (FGV)
  • EUA: terceira leitura do PIB do terceiro trimestre

Boi: Scot Consultoria registra alta de R$ 3 na arroba em São Paulo

O levantamento diário de preços da Scot Consultoria aponta alta de R$ 3 por arroba em São Paulo. O preço bruto e à vista passou de R$ 255 para R$ 258 nesta segunda-feira, 21. A consultoria aponta que a interrupção das quedas observadas nos últimos dias ocorre em virtude de uma semana mais curta, por conta do feriado de Natal, e pelos poucos vendedores na praça.

De acordo com a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), o Brasil exportou 33,05 mil toneladas de carne bovina na terceira semana de dezembro. Com isso, a média diária embarcada avançou 0,48% e ficou em 6,55 mil toneladas. Porém, esse resultado está 7,5% abaixo do registrado em dezembro do ano passado.

Milho: Chicago chega ao maior valor em 17 meses

O contrato para março do milho negociado em Chicago chegou a superar os US$ 4,40 por bushel e registrou o maior valor para o primeiro futuro em 17 meses. O mercado chegou a sentir o tom de pessimismo causado pelas notícias de uma nova variante de coronavírus no Reino Unido, mas durante o pregão as cotações se recuperaram. No Brasil, apesar de comercialização lenta, os preços seguiram firmes.

Os embarques de milho na terceira semana de dezembro ficaram em 551,89 mil toneladas, um número 51% abaixo do registrado nas duas primeiras semanas. Dessa forma, a média diária recuou 20% e ficou em 201,13 mil toneladas. De acordo com a Agrifatto Consultoria, a valorização da moeda brasileira justifica a queda no ritmo de embarques.

Soja: mercado brasileiro é impulsionado por preços do exterior

Os contratos futuros da soja em Chicago tiveram mais um dia de alta expressiva. Foi o terceiro dia consecutivo subindo quase 2%. A cotação fechou perto dos US$ 12,50 por bushel. Com esse avanço e com a elevação do dólar em relação ao real, os preços no mercado brasileiro tiveram condição perfeita para novos impulsos, mesmo em um cenário de negócios escassos.

As exportações brasileiras de soja na terceira semana de setembro mostraram novamente a falta de disponibilidade do produto no país. Foram embarcadas 44,1 mil toneladas, e apesar de apresentar uma aceleração em relação à segunda semana (17 mil toneladas), a média diária de 12,96 mil toneladas está 91,67% abaixo do observado em dezembro de 2019.

Café: queda em Nova York é compensada pela alta do dólar

O mercado brasileiro de café abriu a semana com preços praticamente estáveis, de maneira que a queda observada em Nova York foi totalmente compensada pela alta do dólar. Os preços no exterior sentiram o peso do aumento da aversão ao risco em virtude de notícias negativas em relação ao coronavírus na Europa.

De acordo com a consultoria Safras & Mercado, no sul de Minas Gerais, o arábica bebida boa com 15% de catação encerrou o dia em R$ 590/595 a saca, inalterado. No cerrado mineiro, o arábica bebida dura com 15% de catação teve preço de R$ 595/600 a saca, estável.

No exterior: bolsas europeias tentam recuperação após apreensão com coronavírus

As bolsas europeias ensaiam recuperação após uma nova variante de coronavírus descoberta no Reino Unido causar apreensão nos mercados e interrupção de voos vindos da Inglaterra. Os investidores se apoiam no fato de que a Comissão Europeia autorizou a vacina desenvolvida pela Pfizer para aplicação em todo o bloco europeu. A expectativa é que a vacinação comece logo após o natal.

Nos Estados Unidos, o destaque é a aprovação pelo Congresso de um novo pacote de estímulos fiscais para a economia norte-americana após meses de negociação entre republicanos e democratas. O acordo prevê US$ 900 bilhões em benefícios para desempregados e auxílios para empresas, sobretudo pequenos negócios..

No Brasil: dólar volta a ficar acima de R$ 5,10 com aversão ao risco e cenário político

Na segunda-feira, 21, o dólar chegou a superar os R$ 5,22 e fechou acima de R$ 5,10 em virtude do aumento da aversão ao risco nos mercados globais e do cenário político no Brasil.

No exterior, uma nova variante do coronavírus detectada no Reino Unido concentrou as atenções dos noticiários e gerou aumento do pessimismo.

No Brasil, o cenário político incerto e os potenciais efeitos fiscais decorrentes disso também pressionam o câmbio. No final do dia, chamou atenção dos investidores a possibilidade de votação de uma PEC que aumenta o Fundo de Participação dos Municípios. A medida representaria mais uma pressão nas despesas públicas. O presidente da Câmara, Deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), tirou o projeto da pauta, mas marcou a apreciação do texto para esta terça-feira, 22.