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Diversos

Boi tem nova alta e arroba bate recorde em São Paulo

Segundo a Safras, a dificuldade na compra de gado pode piorar após o feriado da Páscoa e impulsionar os preços mais uma vez

O mercado físico de boi gordo segue com preços firmes. Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, o ambiente de negócios permanece pautado por uma oferta bastante reduzida de animais terminados. “Os frigoríficos em geral ainda operam com escalas de abate bastante encurtadas, posicionadas entre dois e quatro dias úteis. Com a semana mais curta e a dificuldade de compra de gado, é possível que seja evidenciada ainda mais agressividade na compra no retorno do feriado”, diz.

A expectativa de curto prazo ainda remete a um quadro bastante ajustado de oferta durante o mês de abril, com um avanço mais consistente esperado apenas entre os meses de maio e junho.

“A recente movimentação cambial teve grande peso na formação de tendência na segunda quinzena do mês, motivando os frigoríficos habilitados a exportar a pagar mais pela arroba do boi gordo”, assinala Iglesias.

O contraponto permanece na situação difícil da demanda doméstica de carne bovina, em meio às dificuldades macroeconômicas evidenciadas no decorrer do ano. Nesse tipo de ambiente, pautado pela descapitalização a tendência é por um consumo maior de proteínas mais acessíveis, e a carne de frango se enquadra perfeitamente nesse requisito.

Em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi ficou a R$ 319 – R$ 320, ante R$ 318 na terça-feira. Em Goiânia (GO), a arroba teve preço de R$ 300, inalterado. Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 305, estável. Em Cuiabá, a arroba ficou indicada em R$ 304 – R$ 305 contra R$ 304 a arroba. Em Uberaba, Minas Gerais, preços a R$ 311, inalterada.

Atacado

No mercado atacadista, os preços da carne bovina ficaram estáveis. Conforme Iglesias, o ambiente de negócios sugere para maior propensão a reajustes entre os cortes menos nobres, avaliando a entrada dos salários na
economia como motivador da reposição entre atacado e varejo no início de abril.

“No entanto, os cortes nobres ainda têm seu consumo cerceado pelas dificuldades macroeconômicas, avaliando as restrições de funcionamento de restaurantes, bares e outros estabelecimentos, demandantes fundamentais desse
tipo de corte. Somado a isso a predileção do consumidor médio ainda recai sobre a carne de frango, produto muito mais acessível”, pontua Iglesias.

Com isso, o corte traseiro seguiu em R$ 20,50 o quilo. O corte dianteiro teve preço de R$ 17,50 o quilo, e a ponta de agulha permaneceu em R$ 17,30 o quilo.

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