O mercado físico do boi gordo registrou ambiente de negócios lento nesta quinta-feira (29).
De acordo com o analista de Safras & Mercado Allan Maia, a oferta de animais diminuiu com muitos pecuaristas ausentes, contudo, os frigoríficos seguiram atuando com cautela em vários estados, a exemplo de São Paulo, com escalas de abate confortáveis, não deixando margens para alta de preços.
“O foco do mercado passará a partir da próxima semana para as estratégias a serem adotadas no início de janeiro. Deste modo, os agentes devem avaliar o escoamento dos cortes e preços da carne bovina no atacado, o desempenho da exportação e o comportamento da China nas compras. O regime de chuvas no Centro-Norte do país é fator que pode pesar na decisão de venda dos pecuaristas,”, disse Maia
Dessa maneira, em São Paulo (SP), a referência para a arroba do boi ficou em R$ 260/265 Simultaneamente, para padrão China, as indicações foram de R$ 280/290.
Em Minas Gerais, os preços seguem sem alteração, sinalizado em R$ 285/290.
Já em Dourados (MS), a cotação é de R$ 265. Em Campo Grande (MS) arroba é indicada em R$ 260/265.
Ao mesmo tempo, em Cuiabá (MT), a arroba de boi gordo finalizou o dia cotada a R$ 256. Em Água Boa, Barra dos Garças e Cáceres (MT) a arroba ficou em R$ 255 a prazo.
Já em Goiânia (GO), a arroba teve cotação de R$ 275, assim como em Mineiros (GO).
Boi: mercado atacadista
O mercado atacadista prossegue a semana com pouca movimentação de preços.
De acordo com Maia, como esperado, a demanda pelos cortes na ponta final apresenta bom desempenho na reta final de 2022.
Contudo, a reposição se mostrou mais lenta, com varejistas apresentado estoques adequados para a virada do ano. A expectativa passa agora para a evolução da demanda e o escoamento dos cortes no atacado ao longo de janeiro. A demanda pelos cortes mais nobres tende a arrefecer. Os cortes de frango estão em queda em várias localidades do país, o que tende afetar a escolha do consumidor final, variável que pode pesar negativamente sobre os cortes bovinos
Então, o quarto dianteiro foi precificado a R$ 14,90 por quilo. Já a ponta de agulha caiu, ficando com preço de R$ 15,40.
Por fim, o quarto traseiro do boi ficou cotado em R$ 20,80 por quilo.
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