O mercado físico do boi gordo seguiu apresentando preços abaixo da referência média nos estados produtores do Centro-Norte do país
De acordo com o analista de Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias, os frigoríficos que atuam nesses estados se deparam com escalas de abate confortáveis e sem grande resistência a negociações em patamares mais baixos, mesmo com preços em queda.
“Os pecuaristas começam a optar pela retenção, algo possível diante da boa condição das pastagens. Esses movimentos serão importantes para conter o movimento de queda nesses estados. Por sua vez, na região Sudeste, em especial em São Paulo, ainda são evidenciadas negociações acima da referência média para animais padrão China”, diz o comentarista.
Iglesias ainda destaca que os frigoríficos atuantes na região se deparam com escalas de abate menos confortáveis, o que tem justificado esse movimento.
Dessa maneira, em São Paulo (SP), a referência para a arroba do boi subiu para R$ 284.
Em Minas Gerais, os preços fecharam em R$ 282.
Simultaneamente, em Dourados (MS), a cotação se manteve R$ 252.
Ao mesmo tempo, em Cuiabá (MT), a arroba de boi gordo finalizou o dia cotada a R$ 247.
Já em Goiânia (GO), a arroba está em R$ 267.
Boi: mercado atacadista
Já os preços da carne bovina seguem acomodados no mercado atacadista.
De acordo com Iglesias, o ambiente de negócios volta a sugerir por alguma recuperação durante a primeira quinzena de fevereiro, período que conta com maior apelo ao consumo. No entanto, o limitador para altas mais consistentes é a descapitalização da população no início do ano.
“Além disso, as proteínas concorrentes permanecem mais competitivas na comparação com a carne bovina”, destaca o comentarista.
Então, o quarto dianteiro foi precificado a R$ 14 por quilo. Já a ponta de agulha ficou com preço de R$ 14,30.
Por fim, o quarto traseiro do boi ficou cotado em R$ 19,80 por quilo.
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