A venda de sêmen bovino da raça de corte angus foi recorde em 2019, com 5,8 milhões de doses vendidas ou 17,6% mais ante 2018, informou nesta segunda-feira, 10, em nota, a Associação Brasileira da Angus.
De acordo com a entidade, o desempenho foi puxado principalmente pelo cruzamento industrial no Brasil central. Por meio dessa técnica, cruza-se um bovino de raça europeia (no caso, o angus) com outro de raça zebuína (geralmente, o nelore) para provocar a heterose, ou um “choque” de sangue, que permite que a cria engorde com mais rapidez e vá para o abate precocemente.
“No acumulado do ano, a pecuária de corte brasileira demandou 11,8 milhões de doses de sêmen, sendo que praticamente metade refere-se só à angus”, informou o presidente da ABA, Nivaldo Dzyekanski, com base em dados da Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia).
Em relação às exportações de sêmen da raça em 2019, houve um salto de 285%, para 22,53 mil unidades. Assim, a participação da raça no embarque total de doses de sêmen bovino do país foi de 2,29% para 8% em 2019.
O principal comprador do sêmen angus brasileiro em 2019 foi o Paraguai, seguido por Bolívia, Costa Rica e Equador, além de Angola.