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Bolsonaro: ‘Já reduzi o consumo de carne bovina após alta no preço’

Em transmissão pelo Facebook nesta quinta-feira, 26, o presidente voltou a afirmar que não irá tabelar o preço da carne bovina no país

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Bolsonaro afirmou que, tabelar o preço da carne bovina, resultaria em um impacto em toda cadeia produtiva do produto. Foto: Marcos Corrêa/Presidência da República

Em transmissão ao vivo pelo Facebook nesta quinta-feira, 26, o presidente Jair Bolsonaro voltou a afirmar que não irá tabelar o preço da carne bovina no país. “O pessoal reclamada do preço da carne. O que eles querem que eu faça é tabelar o preço, dar subsidio pra carne, como fizeram alguns presidentes de outros países, como Hugo Chávez e Nicolás Maduro [ambos lideres do governo venezuelano] e que hoje não tem nem cachorro pra comer por lá”, criticou o presidente.

Em dezembro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) variou 1,05% em dezembro, mostrando aceleração em relação à taxa de 0,14% registrada em novembro. Este é o maior resultado mensal desde junho de 2018, quando o índice foi de 1,11%, e o mais alto índice registrado em dezembro desde 2015, quando foi de 1,18%.

Entre as altas, o destaque ficou com Alimentação e bebidas, que apresentou a maior variação, 2,59%, e o maior impacto, de 0,63 ponto percentual (p.p.), no índice do mês. A aceleração do grupo é explicada, principalmente, pelo aumento nos preços das carnes, que registraram alta de 17,71% em dezembro e contribuíram com o maior impacto individual no índice do mês .

Bolsonaro afirmou ainda que, tabelar o preço da carne bovina, resultaria em um impacto em toda cadeia produtiva do produto. “Nós somos do livre mercado pessoal e ponto final. Se eu fosse tabelar o preço da carne, eu teria que tabelar os insumos pra corrigir o pasto, tabelar a semente de braquiária, tabelar o pedágio, tabelar o frete dos caminhoneiros e assim por diante”, disse.

O presidente declarou também que já havia determinado a redução do consumo de carne vermelha no Palácio da Alvorada. “Falam por ai que o presidente ter mordomia e come carne de graça, mas não é bem assim. Já determinei a redução no consumo para apenas uma vez por semana, mas minha esposa pediu para que fossem dois dias. No restante da semana, a gente consome carne de peixe, frango e até ovos, e assim vamos passando a crise momentânea”.

“Tivemos lá atrás crises de outros alimentos, a do tomate e a do feijão. Devagar o mercado vai se acertando”, disse. “A gente resolve o problema, passa a crise. Agora, tabelar isso não existe. Subsídio e criar imposto não existe”, acrescentou.

Recentemente, Bolsonaro afirmou que deve enviar projeto ao Congresso para regulamentar exploração comercial de gado, agricultura e minério em áreas indígenas, com umas formas de controlar o preço do produto no mercado interno.“Temos de criar mais boi aqui para diminuir o preço da carne. Eles podem criar boi”, comentou o presidente.