Brasil e Bolívia estabeleceram um novo modelo de certificado zoossanitário que permite a produtores nacionais exportar bovinos vivos para reprodução ao país vizinho. O acordo foi firmado esta semana, em reunião do Ministério da Agricultura com técnicos do Serviço Nacional de Sanidade Agropecuária e Inocuidade Alimentar (Senasag) boliviano.
O ministério afirma que o documento possibilita o comércio em larga escala de animais vivos, o que deve coibir o contrabando de reprodutores na região de fronteira entre os dois países. “Além disso, a medida contribuirá para o repovoamento de bovinos em regiões bolivianas afetadas no ano passado pela enchente dos Rios Beni e Mamoré, onde mais de 400 mil espécimes morreram”, afirma o diretor do Departamento de Saúde Animal do ministério, Guilherme Henrique Figueiredo Marques. Exportadores devem contatar as superintendências federais do ministério para conhecer os requisitos sanitários fixados entre as autoridades para o comércio.
No encontro, os representantes trataram de outros temas de interesse bilateral e o ministério se comprometeu a auxiliar a Bolívia a avançar nas ações de prevenção e diagnóstico da encefalopatia espongiforme bovina (EEB), popularmente conhecida como doença da “vaca louca”. Os órgãos também debateram procedimentos para prevenção da reintrodução da febre aftosa, incluindo ações conjuntas na faixa de fronteira, e harmonizaram a compreensão de pontos do protocolo sanitário relacionado às exportações de suínos.