O Brasil vai exportar 310 touros da raça guzerá para o Senegal. Trata-se de uma das maiores exportações da história do guzerá brasileiro.
Os touros estão em quarentena no interior de São Paulo, sob rigoroso protocolo sanitário.
Com isso, no início de maio, os animais irão embarcar em um avião de carga, que sairá do Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP), com destino ao país africano.
Além disso, os touros serão transportados em somente uma viagem, ou seja de uma só vez.
De olho na genética zebuína brasileira, desenvolvida com afinco nos criatórios pelo país, os senegaleses iniciaram as negociações com o Brasil há cerca de três meses, por meio da GBC Internacional. A empresa é especializada em exportação de gado em pé, commodities e logística.
“Estamos honrados em fazer parte desse episódio marcante da história do Zebu brasileiro. Esses touros vão contribuir de forma significativa para o melhoramento genético dos rebanhos produtores de carne e de leite do Senegal. A meta da GBC é expandir esse modelo de negócio para outros 14 países que compõem a Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO)”, destaca o CEO da empresa, Cristiano Lima.
Os animais foram selecionados em 14 criatórios referência na raça: Guzerá NF, Guzerá GL, Guzerá Juzz, Guzerá Morumbi, Guzerá Pedra Negra, Taboquinha, Guzerá Sula, Guzerá ANPL, Guzerá AWS, Cassilândia, Ibituruna, Guzerá Império, Guzerá MF e Guzerá da Geada.
A Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) e a Associação dos Criadores de Guzerá do Brasil (ACGB) comemoram a comercialização para o mercado externo.
O presidente da ACGB e Conselheiro da ABCZ no Espírito Santo, Carlos Fontenelle Dumans, ressalta o excelente momento da espécie.
“A negociação com Senegal comprova essa valorização, que é fruto do trabalho desenvolvido pelos criadores brasileiros, com auxílio das associações. Estamos selecionando animais precoces, rústicos, eficientes para ganho de peso e produção de leite, capazes de somar em qualquer rebanho do mundo.”