O projeto Canal Azul encerrou a fase de testes e entra, a partir de agora, no período operacional, aberto a qualquer frigorífico, em qualquer porto do Brasil, informou nesta terça, dia 6, a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), em comunicado. O Canal Azul consiste na instalação de um lacre eletrônico nos contêineres de carne, destinados à exportação. Desse modo, os contêineres não precisarão de liberação ao chegar ao porto, pois a validação será realizada previamente por um fiscal federal agropecuário no fluxo de saída do frigorífico.
Conforme a associação, a tecnologia possibilita uma “drástica” redução do tempo gasto com trâmites burocráticos na liberação de cargas nos terminais do país. Seis plantas fabris de bovinos e aves participaram do projeto, que envolveu os portos de Santos (SP) e de Navegantes (SC). De acordo com a Abiec, a redução média no tempo gasto para liberar as cargas variou entre 57 horas, em Santos, e 109 horas, em Navegantes.
“O investimento dos frigoríficos nos lacres eletrônicos é baixo se comparado à economia que será feita com a redução do tempo das cargas nos portos e em outros fatores também. Para que nossos negócios continuem a crescer, é imprescindível desenvolvermos formas mais eficientes de exportar e, neste sentido, a consolidação do Canal Azul é um marco para o setor”, afirmou, na nota, o presidente da Abiec e um dos idealizadores do projeto, Antônio Jorge Camardelli.
A startup Pirus Tecnologia é quem vai comercializar o lacre eletrônico para os frigoríficos. Com adesão totalmente voluntária, o Canal Azul foi lançado em 2013 via parceria entre Abiec, Ministério da Agricultura, Instituto de Tecnologia de Software, Centro de Excelência em Tecnologia Eletrônica Avançada (Ceitec) e Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP).