A Associação dos Criadores de Gado de Mato Grosso (Acrimat) manifestou nesta terça-feira, 5, apoio a decisão do governo de continuar as negociações com os Estados Unidos, mesmo após os norte-americanos continuarem com a suspensão da importação de carne bovina in natura do Brasil.
A entidade cita uma viagem da ministra da Agricultura, Tereza Cristina, no dia 17 de novembro aos EUA, onde deverá se encontrar com o secretário de Agricultura norte-americano, Sonny Perdue. “O objetivo é tentar convencer os Estados Unidos a liberar o produto do Brasil”, diz em comunicado.
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Segundo a Acrimat, as exportações de carne bovina in natura totalizaram 160,1 mil toneladas em outubro, atingindo o recorde mensal anterior, de 150,7 mil toneladas registrado em setembro de 2018, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
“Dados como este e ações como a promovida recentemente no Egito pela Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e parceiros mostram a excelência do produto brasileiro, que nos permitem atender aos padrões de cerca de 160 países com os mais diferentes níveis de exigências”, conclui a associação.
Entenda o caso
Em 2017, os Estados Unidos suspenderam as compras de cortes bovinos do Brasil, devido às reações (abcessos) provocadas no rebanho, pela vacina contra a febre aftosa. Essas reações desencadearam o processo de redução da dose da vacina de 5 ml para 2 ml e a retirada da saponina da composição do produto.
Em junho deste ano, uma missão veterinária dos EUA esteve no Brasil para inspecionar frigoríficos de bovinos e suínos. A decisão norte-americana, comunicada ao Ministério da Agricultura do Brasil é fruto desta inspeção.