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Pecuária

Carne brasileira continuará valorizada em 2020, aponta CNA

A crise mundial causada pela peste suína africana continuará a impulsionar a demanda internacional da nossa pecuária

carne com bandeira do Brasil, veto dos Estados Unidos
A carne brasileira termina o ano valorizada tanto no mercado interno como externo. Foto: Pixabay

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) divulgou um relatório com perspectivas para a pecuária brasileira no ano de 2020. Segundo a entidade,  cenário externo indica um aumento de 14% no volume de carne bovina exportada, podendo atingir mais de 2,7 milhões de toneladas equivalente à carcaça.

As exportações brasileiras de carne suína devem apresentar um incremento de 20%, uma vez que o Brasil é o único país que apresenta potencial aumento de produtividade no curto e médio prazo.

A China, grande consumidora da carne brasileira, deve aumentar as importações de carne de frango brasileira em 20%, refletindo em um aumento de 5% das exportações globais do Brasil.

Para lácteos, apesar de um crescimento esperado da demanda nos países em desenvolvimento impulsionado pela renda e aumento populacional, somado a redução dos estoques mundiais, o atual momento de estabilidade de preços aponta para um crescimento modesto na produção dos principais países exportadores – EUA, UE, Nova Zelândia, Uruguai e Argentina.

No mercado de tilápia, a expectativa é de crescimento de 150% no volume de tilápia congelada exportada, atingindo 250 mil toneladas. A carcinicultura também deve continuar a se recuperar no próximo ano, inclusive com a retomada das exportações.

A demanda externa aquecida deve valorizar a produção e o preço das proteínas no mercado interno.

Boi, frango, ovos, leite e peixes

O valor da arroba bovina deve seguir em alta. O aumento atual é justificado pelo aquecimento das exportações e pela projeção de aumento do consumo per capita de 1,7%, associado a uma oferta restrita de gado para abate.

O preço da carne de frango ao consumidor tende a aumentar em torno de 5% por causa da oferta ajustada e da demanda crescente do produto.

As perspectivas para o mercado de ovos comerciais para 2020 apontam para a cautela dos produtores, que ainda estão em busca de recomposição das margens, após dois anos de crise devido à superprodução em 2017/2018 e das margens negativas na maior parte de 2019.

O alojamento de pintinhos comerciais, no segundo semestre de 2019, reforça essa expectativa, já que mostra tendência de estabilidade no plantel.

No mercado nacional de lácteos, a expectativa é de incremento no consumo em 1%. Contudo, um possível aumento dos custos de produção, graças à menor disponibilidade interna de milho e soja – maior demanda mundial por esses insumos –, e uma provável redução no número de vacas ordenhadas, devido ao aumento do descarte de animais tendo em vista a atratividade do preço da arroba, e um cenário de preços pagos ao produtor mais instáveis ao longo do ano, limitariam o crescimento da produção.

Na Aquicultura, após meses de queda no preço pago ao produtor, 2020 será um ano de recuperação devido à diversificação de venda e verticalização da atividade. Esse cenário fará com que a produção aquícola continue aumentando, mesmo que em um ritmo menor que nos anos anteriores.

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