O mercado físico de boi registrou preços acomodados nesta quarta-feira (20).
Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, o ambiente de negócios ainda sugere pela continuidade da queda dos preços no curto prazo, considerando a confortável posição das escalas de abate, que hoje atendem entre sete e oito dias úteis em média.
“Além disso, a indústria frigorífica permanece temerosa com o recente comportamento da China, que vem suspendendo unidades provisoriamente com a alegação da presença da proteína da covid-19 em embalagens. Por fim, a valorização do real é um elemento que precisa ser mencionado, na medida em que altera a contas das exportações, tornando-as menos atraentes. Nesse ambiente, é natural que os frigoríficos sigam exercendo pressão sobre o os pecuaristas”, assinalou Iglesias.
Em São Paulo, a referência para a arroba do boi ficou em R$ 323 a arroba. Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 292. Em Uberaba, Minas Gerais, preços a R$ 310 por arroba.
Atacado
No mercado atacadista, o dia foi de preços estáveis para a carne bovina.
Segundo Iglesias, o ambiente de negócios ainda sugere por alguma queda dos preços no curto prazo. “Importante destacar que haverá espaço para alguma alta dos preços durante a primeira quinzena de maio, considerando que além da entrada dos salários na economia há também o adicional de consumo referente ao Dia das Mães, data que costuma motivar a reposição entre atacado e varejo”, disse Iglesias.
O quarto traseiro foi precificado a R$ 23,50 por quilo. O quarto dianteiro foi precificado a R$ 16,60 por quilo. A ponta de agulha teve preço de R$ 15,70 por quilo.