Segundo pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), embora o volume de animais para abate continue pequeno, a diminuição da demanda de frigoríficos, em função, principalmente, da dificuldade de venda no atacado, tem pressionado os mercados de boi gordo e da carne.
As programações de abate atendem entre quatro e cinco dias, na maioria dos casos. A Scot mostra que houve desvalorizações em cinco praças e altas em três. Uma das valorizações ocorreu no norte do Tocantins, onde as indústrias pressionavam bastante o mercado nos últimos dias, o que retraiu a oferta. Para o curto prazo, apesar da demanda geral fraca, o abastecimento do varejo para o início de mês pode ajudar no escoamento da produção, devolvendo alguma firmeza ao mercado.
Reposição travada
Segundo a Scot Consultoria, o mercado de reposição segue travado, as cotações tendem à estabilidade, seja em função da interrupção do movimento altista para o boi gordo, seja pela ligeira melhoria na disponibilidade de bovinos para reposição.
No entanto, da mesma forma que para o boi gordo, a expectativa é de que não haja uma retração significativa nos preços. A principal razão é que a oferta, apesar de melhor, não está abundante. A referência para o boi magro (12@) em São Paulo está em R$ 2.000,00 por cabeça.
A relação de troca com a categoria, dentre os estados pesquisados pela Scot Consultoria, está no patamar mais desfavorável ao confinador em Goiás, onde o boi magro está cotado, em média, em R$1.980,00 por cabeça e o boi gordo vale R$140,00/@, a prazo.
Em curto prazo, sinaliza a consultoria, não há expectativa de que esta relação venha a melhorar significativamente, já que o boi gordo passa por um momento de pressão baixista e o mercado do boi magro, apesar da interrupção da alta em ritmo forte, por ora, não aponta para recuos de preços.