O confinamento no Brasil em 2017 deverá ter um crescimento de 5%, passando de 3,1 milhões de cabeças para 3,2 milhões de cabeça. As informações foram divulgadas pela Associação Nacional da Pecuária Intensiva (Assocon) nesta quinta-feira, 16.
O gerente-executivo da entidade, Bruno de Jesus Andrade, ressalta que até o mês março, quando iniciaram uma série de eventos que abalaram o setor, como Operação Carne Fraca, delações da JBS, entre outros, a entidade projetava um crescimento de 10% nos confinamentos.
“Podemos dizer que em torno de 200 mil animais acabaram deixando de ser confinados, pois o preço da arroba caiu demais. Mesmo com um custo de produção mais acessível, com a queda no preço do milho, o pecuarista ficou sem referência do que poderia acontecer”, afirmou
Ele destacou ainda que o setor de carne bovina deve fechar o ano com bons resultados nas exportações, buscando uma recuperação após um primeiro semestre bastante ruim. “Houve uma recuperação nos últimos meses e, para 2018, a tendência é de uma continuidade desse movimento”, sinaliza.
Segundo Andrade, muito embora haja expectativa de uma alta na cotação do milho, por conta da redução na primeira safra, o que pode elevar os custos da atividade e trazer algum impacto, o valor dos animais de reposição deve se manter baixo, ainda sendo interessante para o incremento dos confinamentos.
“Outro fator que também pode estimular a atividade no próximo ano é o aumento do consumo doméstico de carne bovina, por conta da melhor do cenário econômico do país”, conclui.