O Brasil deve confinar 7,03 milhões de bovinos em 2023, percentualmente estável frente ao registrado em 2022, quando o país confinou 7,048 milhões de cabeças, disse a dsm-firmenich, detentora da marca Tortuga de suplementos nutricionais para animais.
A empresa atribuiu a retração nos números do confinamento em 2023 a uma combinação de fatores, incluindo a queda no preço da arroba do boi gordo, o aumento do custo do boi magro e a incerteza climática.
Para 2024, a expectativa é de uma recuperação da atividade de confinamento, com a continuidade do movimento de queda no preço do boi magro e dos custos de nutrição, além de uma sinalização positiva com relação aos preços da arroba.
Desafios enfrentados pela pecuária
O vice-presidente do negócio de Ruminantes da dsm-firmenich para a América Latina, Sergio Schuler, destacou que o ano de 2023 foi bastante desafiador para a atividade de pecuária.
Entre os principais desafios enfrentados, estão:
- O registro de um caso atípico de vaca louca no final de fevereiro, que travou as exportações de carne bovina para a China;
- O conflito entre Rússia e Ucrânia, que elevou os preços dos fosfatados usados na alimentação animal;
- A guerra no Oriente Médio;
- O fenômeno El Niño, que trouxe tempestades, tornados, onda de calor e falta de chuva em algumas regiões e excesso de precipitações em outros.
- Schuler também apontou que houve desafios no mercado em torno da redução no preço da arroba bovina no mercado interno e dos preços de exportação da carne bovina. No entanto, o executivo destacou que houve uma redução no preço do bezerro.