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Confinamento deverá cair 3,1% neste ano

Os efeitos da Operação Carne Fraca, do embargo à carne bovina dos Estados Unidos, entre outros fatores, contribuíram para a redução da estimativa, mesmo com os custos da pecuária em queda

Fonte: Divulgação/Assocon

O número de animais confinados neste ano deverá cair 3,1%, na comparação com o ano anterior. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira, dia 19, pela Associação Nacional da Pecuária Intensiva (Assocon). De acordo com o gerente executivo da entidade, Bruno Andrade, o Brasil deve passar de 3,2 milhões de cabeças em 2016 para 3,1 milhões de cabeças em 2017.

Bruno ressalta que haverá uma retração, por conta do primeiro semestre ruim diante dos efeitos da Operação Carne Fraca, embargo à carne bovina dos Estados Unidos, entre outros fatores, ainda que os custos tenham sido menores no período.

Segundo ele, o custo do gado de reposição ficou 15% menor no primeiro semestre deste ano em relação aos primeiros seis meses de 2016. “Na nutrição a queda nos custos foi bem significativa também, especialmente no milho, cujo preço da saca hoje gira ao redor de R$ 24, frente aos R$ 40 registrados no mesmo período do ano passado”, compara.

A queda na intenção de confinamento do primeiro giro deverá ser compensada neste segundo semestre de 2017 com um aumento na comparação com o mesmo período do ano passado, já que muitos pecuaristas aproveitaram a elevação recente do preço do boi para colocar o gado no confinamento, embora com atraso frente ao período normal.

A expectativa é que o ciclo de confinamento do segundo giro será maior neste ano em função de que muitos animais entraram agora em setembro no confinamento, o que deve fazer com que haja uma grande oferta de animais para abate nos meses de novembro, dezembro e até mesmo janeiro do próximo ano.

“Como o mês de novembro concentra um grande número de animais de confinamento para abate, o mercado já trabalha com uma tendência de queda na arroba para R$ 130 no período. No entanto, caso as exportações favoráveis de agosto se repitam em setembro, talvez o preço do boi nem chegue a recuar no período auge de oferta do confinamento de segundo giro”, analisa.

Em relação ao próximo ano, o gerente executivo da Assocon acredita em um cenário mais positivo para quem comprou animais de reposição. “A oferta de insumos está elevada, a economia está se recuperando e isso deve favorecer a retomada do consumo de carne bovina. No cenário internacional há boas perspectivas de avanço visando a consolidação de mercados como Japão, Coreia, Estados Unidos e China. Tudo indica que em 2018 o setor terá um começo melhor que o observado em 2017”, conclui.

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