O novo coronavírus não deve afetar as exportações de proteína animal do Brasil para a China nos próximos anos. Essa é a avaliação da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), que acredita que o governo chinês vai priorizar a alimentação da população e deve buscar a proteína animal no mercado brasileiro.
De acordo com a coordenadora de Produção Animal da CNA, Lilian Figueiredo, o coronavírus pode prejudicar o crescimento chinês, mas o resultado deve ser mais brando, por exemplo, do que o surto de Síndrome respiratória aguda grave (Sars), que ocorreu em 2003 e apresentou um recuo econômico de aproximadamente 2%.
“A questão aqui é que a China vem passando por vários surtos de doença de origem animal. Tivemos a peste suína africana e também temos surtos de doenças aviárias. Isso prejudica a produção de proteínas na região, fazendo com que a demanda continue alta, principalmente nos próximos anos”, avaliou.