O mercado físico do boi gordo registrou preços firmes nesta quinta-feira (9). Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, o cenário atual ainda é de maior propensão a reajustes, uma vez que as escalas de abate não avançaram de maneira satisfatória no transcorrer da semana.
O volume de animais terminados é cada vez menor, com a safra do boi gordo aproximando-se do seu limiar. “A tendência é que haja maior espaço para alta dos preços no próximo período de virada de mês. Além disso, o final do lockdown e a retomada das exportações entre as unidades frigoríficos que foram provisoriamente embargadas pela China torna o quadro mais animador, considerando a mudança do perfil de compra entre as indústrias habilitadas a exportar com destino ao mercado chinês”, assinalou Iglesias.
Com isso, em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi ficou em R$ 309,00 na modalidade à prazo. Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 280,00.
Já em Cuiabá, a arroba ficou indicada em R$ 273,00. Em Uberaba, Minas Gerais, preços a R$ 275,00 por arroba. Em Goiânia, preços a R$ 277,00 a arroba
Boi gordo no atacado
O mercado atacadista do boi gordo volta a apresentar preços firmes. O viés de alta permanece, pois o ambiente de negócios ainda sugere por alguma alta dos preços no curto prazo, em linha com a entrada dos salários na economia, motivando a reposição entre atacado e varejo. “No entanto o padrão de consumo delimitado para 2022 ainda aponta para a predileção por proteínas mais acessíveis, a exemplo do frango e dos ovos”, disse Iglesias.
O quarto traseiro permanece precificado a R$ 22,15 por quilo. A ponta de agulha segue precificada a R$ 15,50 por quilo. Quarto dianteiro foi cotado a R$ 15,90 por quilo.
Câmbio
O dólar comercial encerrou a sessão em alta de 0,59%, negociado a R$ 4,9180 para venda e a R$ 4,9160 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 4,8670 e a máxima de R$ 4,9210.