Paste this at the end of the

tag in your AMP page, but only if missing and only once.

Crise econômica deve limitar valorização do boi

Oferta de animais no Brasil deve recuar no segundo semestre, diz Rabobank

Fonte: Fernando Carvalho/Arquivo Pessoal

A oferta de bois no Brasil deve diminuir no segundo semestre deste ano, conferindo firmeza aos preços da carne bovina. No entanto, os reflexos da crise econômica no país limitam a alta de preços no atacado, indica o Rabobank, em relatório trimestral sobre o mercado do boi. 

A previsão se baseia na estiagem e no consumo interno. Com o avanço das frentes frias e secas, a capacidade de suporte das pastagens diminui e pecuaristas não conseguem manter os mesmos níveis de produção na engorda a pasto, o que limitará a oferta. Por outro lado, a desaceleração da economia nacional dá sinais de refrear a demanda doméstica.

– Por consequência, os preços no atacado estão sob pressão para não subirem, o que reduz as margens de frigoríficos – afirma o Rabobank.

No documento, o analista Adolfo Fontes diz que os preços do gado vivo ficaram praticamente estáveis nos cinco primeiros meses do ano. Em maio, por exemplo, as cotações oscilaram em torno de R$ 148, valor 0,5% superior à média de janeiro. No comparativo anual, contudo, a arroba subiu 15% em maio.

– Isso é resultado da seca dos últimos dois anos, que reduziu os estoques de gado, juntamente com a retenção de matrizes no rebanho – afirma no relatório.

O Rabobank prevê que a oferta de carne bovina só volte a crescer em 2016, quando a leva recorde de bezerros produzida nos últimos anos deve impactar positivamente os estoques de animais disponíveis para o abate.

Índia

No documento, o Rabobank também aborda as perspectivas de expansão do setor na Índia, principal país exportador de carne bovina, em volume.

Segundo analistas do banco, o futuro da indústria frigorífica na Índia está em risco. Isso porque seu maior importador é o Vietnã e acredita-se que parte significativa da carne embarcada ao país seja redirecionada para a China, que está combatendo o fluxo ilegal destes produtos. Em 2014, os exportadores indianos venderam 662 mil toneladas de carne desossada ao Vietnã (23%, em relação ao ano anterior).

O Rabobank espera que a produção indiana continue a ofertar carne ao mercado global a custos baixos, mas o crescimento das vendas externas deve se desacelerar. A média de expansão das exportações entre 2010 e 2013 foi de 30% ao ano. Em 2014, a alta foi de 11%.

Os analistas ponderam que a “Índia precisa encontrar mais mercados para mitigar o risco de queda no volume repassado à China”. Os dois países chegaram a firmar um memorando de entendimentos em 2013, mas desde então não houve progressos para uma abertura de mercado. 

Sair da versão mobile