O mercado de carne bovina deve terminar o mês de outubro com desvalorização de 3,6% em relação ao mês de setembro nos cortes sem osso, de acordo com dados da Scot Consultoria, divulgados nesta segunda, dia 31.
Diante disso, em 45 semanas pesquisadas até aqui, os preços dos cortes caíram em 60% delas. A cotação média atual cresceu menos que a metade do avanço da inflação do período, 3,7% contra 8,7% do IPCA. A Scot indica que sem consumo de carne não há alta nos preços da arroba do boi gordo e pode faltar boi terminado.
Nos últimos sete dias, a margem da indústria se manteve entre 24% e 25% graças aos reajustes nos preços de subprodutos e derivados e à queda da arroba do boi gordo.
“Resta aguardar agora os meses de novembro e dezembro, que também são bons períodos para venda dos varejistas. Sendo efetivo este comportamento, abrimos espaço para altas nos preços da arroba do boi gordo, já que agora, com resultados melhores, acima da média histórica, a indústria consegue pagar mais pelas boiadas”, diz a consultoria em nota.
Preços
Apesar da tentativa de pagamentos abaixo da referência, os preços estão firmes na maioria das praças pesquisadas pela Scot. Em São Paulo, a referência de preços para a arroba do boi gordo está estável, mas são observadas tentativas de pagamentos até R$ 2/@ abaixo. Com este patamar de preços os negócios estão acontecendo de forma lenta.
As escalas de abate atendem de cinco a seis dias, em média, no estado paulista. Há casos de até dez dias de programação devido a negócios a termo, o que permite a pressão baixista ou a saída das compras por algumas empresas, que esperam uma melhor definição do mercado.