- Boi: arroba sobe em 28 das 32 praças pesquisadas pela Scot Consultoria
- Milho: saca sobe 5% na primeira semana do ano
- Soja: câmbio e Chicago impulsionam preços no Brasil
- Café: indicador do Cepea renova máxima nominal histórica
- No exterior: bolsas iniciam semana em baixa com avanço do coronavírus
- No Brasil: piora da pandemia pode gerar pressão por novos auxílios
Agenda:
- Brasil: boletim Focus (Banco Central)
- Brasil: balança comercial da primeira semana de janeiro
- EUA: inspeções semanais de exportação (USDA)
Boi: arroba sobe em 28 das 32 praças pesquisadas pela Scot Consultoria
Das 32 praças pesquisadas pela Scot Consultoria, em 28 as cotações do boi gordo subiram. A consultoria destaca as valorizações ocorridas no sudoeste de Mato Grosso e no oeste da Bahia, que, na comparação diária, tiveram altas de R$ 10,50 e R$ 8 por arroba, respectivamente. Em São Paulo, a arroba subiu R$ 2, e o preço bruto e à vista ficou em R$ 277.
Na B3, o pregão foi marcado por mais um dia de valorização nos contratos futuros do boi gordo. O ajuste do vencimento mais negociado atualmente, para janeiro, passou de R$ 280 para R$ 282,45 por arroba, alta diária de 0,88%.
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Milho: saca sobe 5% na primeira semana do ano
O indicador do milho do Cepea, calculado com base nos preços praticados em Campinas (SP), subiu 5% na primeira semana de 2021. A cotação havia ficado em R$ 78,65 por saca no último dia do ano passado e chegou agora a R$ 82,60. Dessa forma, está muito próxima do maior valor nominal já registrado na série de R$ 82,67 por saca.
Em Chicago, o bushel segue estável perto de US$ 5. A valorização acumulada na semana chegou a 2,53%. O mercado monitora a demanda pelo milho norte-americano, o clima e os estoques na América do Sul e o avanço do coronavírus em economias importantes. Nesta semana, destaque para o relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
Soja: dólar e Chicago impulsionam preços no Brasil
De acordo com a consultoria Safras & Mercado, o preço da soja negociada no Brasil teve novo impulso com o avanço do dólar em relação ao real e nova rodada de valorização em Chicago. A empresa registrou dia de negócios moderados. Em Passo Fundo (RS), a saca subiu de R$ 162 para R$ 163 e no porto de Paranaguá (PR) foi de R$ 164 para R$ 168.
Na Bolsa de Chicago, a primeira semana do ano acumulou uma expressiva alta do vencimento para março de 4,87%. O contrato renovou a máxima dos últimos seis anos e se aproxima cada vez mais dos US$ 15 por bushel.
Café: indicador do Cepea renova máxima nominal histórica
O indicador do café arábica do Cepea renovou a máxima nominal histórica da série e ficou em R$ 625,71 por saca. Na primeira semana do ano, a cotação acumulou alta de 3,1%. Nesta última sexta-feira, 8, os preços foram impulsionados pela recuperação do arábica em Nova York e por novo avanço do dólar em relação ao real.
No exterior: bolsas iniciam semana em baixa com avanço do coronavírus
As bolsas globais iniciaram a segunda semana do ano em baixa disseminada com avanço do coronavírus tanto em número de casos como de óbitos em economias importantes. A possibilidade de novos pacotes de estímulos nos Estados Unidos e na Europa levou os mercados a subir na semana passada, porém, em algum momento, os investidores podem se dar conta que não é o suficiente.
O presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, tem reafirmado sua posição de que pretende aprovar um novo pacote de estímulos de mais de US$ 1 trilhão. Na última sexta-feira, o relatório de empregos confirmou que a economia norte-americana desacelera, registrando criação de vagas de trabalho muito abaixo do projetado.
No Brasil: piora da pandemia pode gerar pressão por novos auxílios
Após quase cinco meses, o Brasil voltou a registrar mais de mil óbitos por Covid-19 na média móvel de sete dias. O avanço do coronavírus no país segue o padrão de piora observado em outras economias importantes como nos Estados Unidos e Europa. Se por um lado, isso pode acelerar o processo de vacinação, já que agora há dois pedidos de uso emergencial de vacinas no Brasil, também pode gerar pressão por novos auxílios.
Apesar de o presidente Jair Bolsonaro ter dito recentemente que não há espaço para novos aumentos de gastos, a pressão de parlamentares, prefeitos e governadores com a piora da pandemia pode fazer com que o governo estenda o auxílio emergencial. Dessa forma, o risco fiscal será novamente colocado em pauta.