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Embalagem de carne angus será controlada

Acordo deve atender a mercados mais exigentes, levando mais transparência na identificação de rótulosA carne angus no Brasil terá sua origem rastreada e a procedência genética do animal só poderá ser estampada nas embalagens após passar por controle conduzido pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e fiscalização do Ministério da Agricultura. 

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Um protocolo firmado entre a CNA e a Associação Brasileira de Angus (ABA) deve atender a mercados mais exigentes, levando mais transparência na identificação de rótulos. Décio Coutinho, secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, afirmou que esse processo de rotulagem estava conturbado, mas esse protocolo visa simplificar isso.

– Quem for colocar essa marca tem de fazer conforme determina o protocolo e a legislação. Temos isso dentro de um ordenamento jurídico e institucional. O consumidor poderá pegar na prateleira e terá a certeza de que o produto é exatamente o que está no rótulo. Esse protocolo implementa o que manda a legislação – explica.

O presidente da CNA, José Martins da Silva, celebrou a assinatura do protocolo e afirmou que o rebanho brasileiro vem melhorando, mas pode avançar mais. Em 1º de junho começa o cadastramento de produtores no programa. O rebanho deve ser colocado na Plataforma de Gestão Agropecuária (PGA) e terá de passar por uma tipificação feita por fiscais angus.

– Isso nos possibilita mais que ampliar exportação. Dá credibilidade ao mercado. O processo de certificação tem objetivo de conferir aos produtores um diferencial no preço de seu gado e conseguir entregar ao consumidor carne de qualidade e com padrão permanente – argumenta José Roberto Pires Weber, presidente da Associação Brasileira de Angus (ABA).

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O projeto já existe em sete estados, chegando a cinco mil produtores. Participam desse processo 22 frigoríficos espalhados pelas empresas JBS, JBSFoods, Marfrig, Frigorífico Silva, Cotripal, VPJ Alimentos, MCDonalds, Cia Zaffari, Frigorífico Verdi, Frigorífico São João, Frigol S/A e Cooperaliança.

O que muda para o pecuarista?

Para o pecuarista, o Protocolo Angus trará algumas mudanças, dentre elas:

– Passa a ser obrigatória a adesão dos pecuaristas que participam do Programa Carne Angus Certificada ao Protocolo Angus. Para isso, basta acessar o site da CNA ou o site da Angus e realizar o cadastramento. Neste formulário, integrado ao sistema de defesa agropecuária, serão cadastradas informações como a localização da propriedade (coordenadas GPS), informações de contato e dados sobre o sistema de exploração do pecuarista.

– O cadastramento começa em 1º de junho e passará a ser condicionante à participação no protocolo e obtenção de bonificações a partir de 1º de julho em todas as 22 unidades que o Programa Carne Angus Certificada atua país. A partir da adesão, o pecuarista terá a sua disposição o manual do participante, contendo informações completas sobre as normas do protocolo, assim como materiais técnicos que facilitarão a compreensão sobre os quesitos do protocolo e auxiliarão a obter o máximo retorno.

– O produtor rural que desejar participar do protocolo ficará isento do pagamento de qualquer taxa, característica do Programa Carne Angus Certificada.

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