O diretor-executivo de Política Agrícola da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Sergio De Zen, disse que os embarques de carne bovina do Brasil para China serão retomados em poucos dias. “[A retomada das exportações] vai acontecer de maneira bastante rápida, dado que é uma reativação de canais de exportação que já existem”, disse, nesta quarta-feira (15), durante uma entrevista ao canal de notícias CNN.
Ainda na entrevista, Sergio De Zen, disse que o preço do boi gordo deve voltar aos patamares normais de preço. “A gente vai voltar ao ritmo normal de preços”, afirmou.
Nesta manhã, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), publicou uma nota afirmando que a retomada das importações é imediata.
O diretor da Conab também minimizou os impactos do embargo chinês. “Sentimos num curto espaço de tempo uma queda de preços, principalmente no mercado interno, mas outros mercados absorveram a produção”.
Ministério da Agricultura
Em nota, o Mapa afirma que recebeu a informação sobre a liberação das exportações de carne bovina para a China.
“Com isso, a certificação e o embarque da proteína animal para a China serão normalizados e podem ser retomados a partir de hoje. Os embarques para o país asiático estavam suspensos desde o dia 4 de setembro, quando o Brasil identificou e comunicou dois casos atípicos da Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), registrados em Nova Canaã do Norte (MT) e em Belo Horizonte (MG).
A suspensão foi feita pelo Brasil em respeito ao protocolo firmado entre os dois países, que determina esse curso de ação no caso de EEB, mesmo que de forma atípica. O que significa que esses animais desenvolveram a doença de maneira espontânea e esporádica, não estando relacionada à ingestão de alimentos contaminados e que não há transmissão da doença entre os animais.
A OIE, que é a organização internacional que acompanha a saúde animal, analisou as informações prestadas em decorrência dos dois casos de EEB atípica e reafirmou o status brasileiro de “risco insignificante” para a enfermidade.
Em novembro, a China já havia liberado alguns lotes de carne bovina brasileira que receberam a certificação sanitária nacional até o dia 3 de setembro de 2021“.