Os Estados Unidos mantiveram o veto à entrada de carne bovina in natura do Brasil, confirmou o Ministério da Agricultura nesta segunda-feira, 4. A abertura do mercado norte-americano estava sendo negociada pelos presidentes Jair Bolsonaro e Donald Trump, através de uma parceria estratégica entre os dois países.
“A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, ficou desapontada com a decisão, mas acredita no excelente relacionamento entre os dois países para resolver a questão”, informa a pasta, em nota. Ela deve levar o assunto ao secretário da Agricultura dos Estados Unidos, Sonny Perdue, durante missão que já estava agendada aos Estados Unidos, entre os dias 17 e 23 de novembro.
Entenda o caso
Em 2017, os Estados Unidos suspenderam as compras de cortes bovinos do Brasil, devido às reações (abcessos) provocadas no rebanho, pela vacina contra a febre aftosa. Essas reações desencadearam o processo de redução da dose da vacina de 5 ml para 2 ml e a retirada da saponina da composição do produto.
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Em junho deste ano, uma missão veterinária dos EUA esteve no Brasil para inspecionar frigoríficos de bovinos e suínos. A decisão norte-americana, comunicada ao Ministério da Agricultura do Brasil na quinta-feira passada, é fruto desta inspeção.
O Canal Rural procurou a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), mas a entidade informou que não se posicionará sobre o assunto.