O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) vai suspender a vacinação contra a febre aftosa nos estados do Amazonas e Piauí, após a última etapa que acontece em abril.
Os dois estados se juntam ao Amapá, Bahia, Maranhão, Pará, Rio de Janeiro, Roraima e Sergipe que também vacinam seus animais pela última vez nesta etapa.
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A decisão do Mapa foi comunicada à Equipe Gestora Nacional do Plano Estratégico do Plano Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (PE-PNEFA) pelo diretor de Saúde Animal, Eduardo de Azevedo, após nova avaliação que aferiu o cumprimento dos critérios necessários para suspensão da vacinação nos dois estados.
A meta é que o Brasil se torne totalmente livre de febre aftosa sem vacinação até 2026.
Reconhecimento
Neste mês, o secretário de Defesa Agropecuária, Carlos Goulart, vai encaminhar, para assinatura do ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, o ato normativo reconhecendo nacionalmente como livre de febre aftosa sem vacinação os estados do Amapá, Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Piauí, Rio de Janeiro, Roraima, São Paulo, Sergipe, Tocantins e o Distrito Federal.
O ato também disciplinará o armazenamento, a comercialização e o uso de vacina contra a febre aftosa.
Os estados que suspenderam a vacinação sofrerão restrições na movimentação de animais e produtos.
Após a suspensão da vacinação, o próximo passo é reconhecimento internacional do status.
Atualmente, no Brasil, somente os estados de Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Acre, Rondônia e partes do Amazonas e do Mato Grosso têm o reconhecimento internacional de zona livre de febre aftosa sem vacinação pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA).
Campanha
Para os estados que não irão suspender a vacinação, que é o caso do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Alagoas, as etapas de vacinação contra a febre aftosa em 2024 continuam nos meses de maio e novembro.