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Boi

EUA: governo cria projeto para fiscalizar carne feita a partir de células

A supervisão do projeto será administrado pelo departamento de Administração de Alimentos e Medicamentos e o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos

carne bovina
Foto: Pixabay

A Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA) e o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) anunciaram um acordo formal para supervisionar conjuntamente a produção de carne a partir de culturas de células animais.

Em comunicado, as agências disseram que a FDA vai supervisionar a coleta, os bancos de células, o cultivo e a diferenciação de células, enquanto o Serviço de Inspeção e Segurança Alimentar (FSIS) do USDA vai regular a produção e a rotulagem de carne derivada de células animais.

Fabricantes dessa alternativa à carne iniciam o processo isolando células de bovinos, suínos e frangos que têm a capacidade de se regenerar. Essas células são depois colocadas em grandes tanques biorreatores e recebem oxigênio e nutrientes como açúcar e minerais, e podem se transformar em tecido muscular depois de algumas semanas.

O anúncio abre caminho para que fabricantes solicitem inspeções da FDA ou do USDA. Até agora, porém, nenhuma companhia procurou os órgãos reguladores, disse a administradora do FSIS, Carmen Rottenberg. “Não temos conhecimento de nenhuma instalação que tenha aumentado a escala a ponto de estar pronta para produzir alimentos”, disse.


Nos próximos meses, o USDA deve começar a definir as regras de rotulagem para carne produzida a partir de culturas de células. “O secretário de Agricultura, Sonny Perdue, deixou claro que os consumidores precisam saber o que estão comprando”, disse Carmen.

Quanto à terminologia, alguns sugerem “carne feita a partir de células”. Alguns pecuaristas chamam o produto de “carne de laboratório”, enquanto defensores da tecnologia preferem “carne limpa”. Pecuaristas mais intransigentes querem que o uso das palavras “carne” e “carne bovina” seja restrito ao produto cortado de animais. Qualquer proposta de rotulagem terá de passar por um período de consulta pública.

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