Experimento que avalia o desempenho nutricional e produtivo de animais da raça nelore em Mato Grosso aponta taxas de ganho de peso que chegam a 1,2 quilos por dia. O estudo foi realizado com 160 bovinos ao longo de um ano.
O estudo foi realizado pela Associação dos Criadores de Nelore de Mato Grosso (ACNMT) em parceria com o Núcleo de Estudos em Pecuária Intensiva (Nepi) da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), campus Sinop.
Ao longo da pesquisa, segundo a ACNMT, foram medidos protocolos nutricionais para potencializar o desempenho produtivo e econômico do gado nelore aliado à qualidade da carne e de carcaça.
A associação revela que o abate dos animais irá ocorrer na quinta-feira (10) em uma unidade frigorífica localizada no município de Várzea Grande. Na ocasião serão coletas amostras da carne e de carcaça para as avaliações qualitativas.
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Os animais iniciaram o experimento com uma média de sete arrobas de peso vivo e já estão prontos para o abate com cerca de 20 arrobas.
O presidente da ACNMT, Aldo Rezende Telles, pontua que o trabalho da associação é contribuir com o pecuarista no processo de modernização e boas práticas para que o mesmo consiga alcançar uma maior rentabilidade do negócio.
“Não dá mais trabalhar na base do ‘achismo’, por isso a parceria com a universidade é fundamental para chancelar as informações”, diz Telles.
Ganho de peso diário é constatado no nelore
Coordenadora do Núcleo de Estudos em Pecuária Intensiva, Kamila Andreatta, explica que o primeiro ponto avaliado durante o experimento foi a aplicação da técnica de resgate de bezerros na transição entre a estiagem e o período de chuva, além do melhor protocolo nutricional para tratar o gado durante e no pós-resgate e se houve impacto desse sistema na qualidade da carne e no desempenho produtivo e econômico.
“Ao longo do experimento, avaliamos diferentes taxas de ganho de peso, isso desde que os animais saíram da desmama para o confinamento, no período da seca, obtivemos ganhos de 700 gramas por dia e 1,2 quilos por dia. Depois eles foram subdivididos em grupos com tipos de alimentação diferentes: apenas mistura mineral no pasto e um suplemento proteico energético. A finalização foi feita no sistema de terminação intensiva a pasto em que receberam 1,5% peso corporal em suplemento”, explica a especialista da UFMT de Sinop.
Conforme a pesquisadora, o pecuarista deve observar qual a melhor combinação nas três etapas é economicamente viável para ele.
“O que estamos fazendo é inédito em Mato Grosso, pois também vamos medir quais protocolos efetivamente impactam na qualidade da carne e esses dados poderão ajudar muito o criador nas tomadas de decisão”, destaca Andreatta.
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