A exportação brasileira de carne bovina encerrou o primeiro semestre com uma queda de 3,8%, totalizando 1,02 milhão de toneladas.
Em volume de receita, a queda no período foi de 21,4%. Neste ano, o país arrecadou US$ 4,8 bilhões com as exportações, segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec).
China lidera importação de carne bovina brasileira no primeiro semestre
Nos primeiros seis meses deste ano, a China se destacou como o principal importador de carne bovina brasileira. Foram adquiridas 512.306 toneladas, totalizando um faturamento de US$ 2,6 bilhões.
Neste ano, em fevereiro, o Brasil enfrentou um caso atípico de encefalopatia espongiforme bovina, conhecida como “mal da vaca louca”, o que resultou na suspensão temporária das exportações para a China por um período de 30 dias, afetando os resultados do setor.
Outros mercados
Os Estados Unidos são o segundo maior mercado para a carne bovina brasileira nos primeiros seis meses do ano, com um volume total de 71.398 toneladas e um faturamento de US$ 428,6 milhões.
Somente em carne bovina in natura, o país importou 49.545 toneladas, totalizando US$ 225,6 milhões.
Atualmente, o Brasil é o terceiro maior fornecedor de carne bovina in natura para o mercado norte-americano.
No primeiro semestre, as exportações de carne bovina brasileira para a União Europeia registraram um aumento de 7,7% no volume, totalizando 39.330 toneladas, com um preço médio pouco variado, atingindo US$ 287,2 milhões. O maior volume exportado para o bloco desde 2008.
As exportações de carne bovina in natura para o Canadá registraram um crescimento no primeiro semestre. De janeiro a junho, aproximadamente 2.500 toneladas foram exportadas.
No primeiro semestre de 2023, as exportações de carne bovina brasileira para a Rússia tiveram um aumento significativo, com um crescimento de 44,7% nos embarques e um aumento de 40% no faturamento. Foram exportadas 23.556 toneladas, totalizando US$ 83,6 milhões.
Quanto ao México, as exportações de carne bovina in natura iniciaram neste semestre, após a recente abertura comercial entre os dois países.
De acordo com a Abiec, comparando o primeiro semestre de 2022, no qual o Brasil teve um grande sucesso no mercado mundial de carne bovina, mesmo durante a pandemia, espera-se que as exportações em 2023 se ajustem ao novo cenário.
“O objetivo é manter a liderança do Brasil nas exportações mundiais, consolidando a importância da carne bovina brasileira, que representa 1 a cada 5 quilos comercializados globalmente”, diz a entidade.