As exportações de carne bovina atingiram 111,835 mil toneladas em julho, representando um recuo de 23% em relação ao mesmo período do ano passado. A receita, no mesmo período, somou US$ 498 milhões, queda de 28%. As informações são da Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), a partir dos dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
Segundo a Abrafrigo, o resultado repete o desempenho que o setor registra desde o começo do ano, por conta da queda nas compras dos principais clientes do país. Entre os 10 países que mais fizeram negócios com o Brasil no setor, os que mais limitaram suas importações da carne bovina brasileira foram a Rússia, com queda de 39,5% na sua quantidade de importações e de 50,0% na receita; Hong Kong, porta de entrada do mercado chinês (-31% em quantidade e receita); e a Venezuela (-41% em toneladas e -37,5% na receita).
No acumulado do ano, o Brasil exportou 746,902 mil toneladas do produto, obtendo uma receita de US$ 3,2 bilhões, resultado inferior em 17% na quantidade e de 28% na receita, se comparado ao mesmo período do ano passado.
– Entre todos os 139 países com os quais o Brasil negocia sua carne bovina, 86 deles apresentaram desempenho negativo comparativo nas suas importações – diz a Associação em nota.
A Abrafrigo destaca que a China voltou a importar carne bovina brasileira, sem a intermediação de Hong Kong. De um desempenho praticamente nulo em 2014, as compras diretas feitas pela China já atingiram 15 mil toneladas embarcadas em 2015, com receita de US$ 77 milhões.
A entidade afirma também que o setor aguarda qual será o impacto da abertura do mercado de carne in natura dos Estados Unidos, onde o Brasil disputará uma quota de 69 mil toneladas com outros países.