No acumulado do ano (de janeiro a maio), o faturamento sofreu uma queda de 18%, para US$ 2,2 bilhões, e as exportações caíram em 14%, totalizando 543,7 mil toneladas. Apesar da queda, a associação espera uma recuperação do setor nos próximos meses. De acordo com Antônio Jorge Camardelli, presidente da Abiec, já foi registrado um leve aumento das exportações de maio com relação a abril. Por volume, houve um crescimento de 2,54% e os embarques totalizaram 113,9 mil toneladas. Por faturamento, o aumento no período foi de 2% e chegou a US$ 467,8 milhões.
Camardelli também destacou uma perspectiva positiva para o segundo semestre do ano, com a assinatura do protocolo sanitário entre Brasil e China, que permitirá novos embarques ao país asiático já neste mês. Ele também chamou atenção para o retorno dos embarques para a Arábia Saudita.
Entre os destinos da produção brasileira de carnes, Hong Kong continua sendo o principal, com um faturamento de US$ 563,508 milhões e um volume de 144.164 toneladas nos primeiros cinco meses do ano. O segundo lugar fica com os países da União Europeia, com faturamento de US$ 306,745 milhões e um volume de 44.766 toneladas.
De acordo com a analista da Agrifatto, Lygia Pimentel, o mercado de Hong Kong podem estar prejudicadas porque a própria China veio ao Brasil buscar a mercadoria. “Com Hong Kong deixando de comprar e sem que os embarques diretos para a China estejam regularizados, criou-se um gargalo para a carne brasileira nessa região”, afirmou em entrevista ao Canal Rural.
A especialista concorda com o presidente da Abiec e destaca o Oriente Médio como um mercado promissor até o final do ano. Ela ressaltou um bom volume de comercialização para o Egito, a ampliação de embarques para o Iraque e a soma de pequenas negociações para mercados da região, como o Irã.
Dados da Abiec mostraram o Egito como o terceiro maior destino para a pecuária brasileira. No acumulado do ano, o faturamento foi de US$ 249,671 milhões e de 75.258 toneladas.