As exportações de carne bovina (in natura e processada) totalizaram o recorde de 1,639 milhão de toneladas em 2018, alta de 10% no comparativo anual, informou a Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo) nesta segunda-feira, dia 7, com base em dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC). Até então, o maior volume embarcado foi registrado em 2014, quando o País exportou 1,560 milhão de toneladas. Em receita, as vendas externas do ano passado atingiram US$ 6,5 milhões, aumento de 8% ante 2017.
Segundo a associação, o aumento das compras da China compensou a ausência das importações russas. A participação dos chineses na comercialização da proteína brasileira saiu de 38,2% em 2017 para 43,8% no ano passado, ou 150 mil toneladas a mais, para 717,49 mil toneladas. O levantamento considera os produtos que entraram no mercado chinês pela China e por Hong Kong.
O Egito aumentou suas aquisições em 18% e chegou à segunda posição entre os principais países importadores, com 181,09 mil toneladas. Em terceiro lugar ficou o Chile, crescimento de 77%, para 114,94 mil toneladas.
Além da Rússia, Irã e os Estados Unidos tiveram queda significativa em suas importações, de 40% e de 16%, respectivamente. Entre os 20 principais destinos, o Uruguai foi o que mais se destacou porcentualmente, com crescimento de 202%. As vendas de carne bovina para o país vizinho passaram de 4 mil toneladas, em 2017, para 14 mil toneladas no ano passado.
Os frigoríficos de São Paulo foram os que mais exportaram a proteína bovina brasileira, com 399,54 mil toneladas (24,4%); seguido por Mato Grosso, com 301,53 mil toneladas (18,4%); e, na terceira posição, Goiás, com 236,18 mil toneladas (14,4%).
Ainda de acordo com a Abrafrigo, para 2019, a expectativa é de que estes volumes cresçam pelo menos 5%, com o retorno as compras da Rússia. Em 2017, os russos importaram 150 mil toneladas, antes do embargo iniciado em dezembro daquele ano e retirado no último trimestre de 2018.
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