O Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo) divulgou um levantamento que aponta crescimento de 17% no volume de carne bovina in natura e processada exportado em setembro. Com isso, os embarques voltaram a ficar 2% acima dos resultados obtidos em 2016 no mesmo período de tempo.
A alta nas exportações sinaliza uma grande possibilidade de o setor alcançar um crescimento de 10% em relação ao ano passado, alcançando exportações de 1,5 milhão de toneladas, já que as vendas do final de ano que se aproxima costumam ser mais elevadas.
Os preços também estão se comportando bem e, no total geral dos nove primeiros meses do ano, os resultados estão 7% acima de 2016. Em setembro, a receita obtida foi de US$ 555,2 milhões, contra US$ 471,7 obtidas no mesmo mês do ano passado, crescimento de 18%.
Até aqui, as exportações acumuladas no ano atingiram a 1,065 milhão de toneladas contra 1,042 milhão de toneladas em 2016 com receita de US$ 4,33 bilhões contra US$ 4,05 bilhões de janeiro a setembro de 2016.
Segundo a associação, o mercado internacional está amplamente favorável aos países exportadores de carne bovina como o Brasil e o apetite dos chineses parece inesgotável, aumentando suas importações mês a mês: em 2017 Hong Kong ampliou suas importações em relação a 2016 até agora em 11%, de 222.568 mil toneladas para 247.043 toneladas, enquanto que a China Continental ampliou suas aquisições em 31,8% no mesmo período, passando de 111.172 toneladas para 146.567 toneladas.
Outro grande e tradicional cliente, a Rússia, também aumentou suas aquisições em 12,5% passando de 103.892 toneladas para 116.831 toneladas. Entre outros clientes importantes, o Irã também elevou suas importações em 43,3%, os Estados Unidos em 27% e a Arábia Saudita em 57,3%. No total, 62 países ampliaram suas importações do Brasil e outros 86 reduziram.